Lendo as articulações políticas sobre a possível ida de Márcio Bittar para o PMDB entendo que estão tentando curar uma ferida arrancando a sua casca. Isso pode gerar uma infecção ainda pior a se espalhar por todo o corpo da oposição. E vão me perguntar por que? A resposta é uma outra pergunta: será que o deputado federal Major Rocha (PSDB) e o presidente do DEM, Bocalom, vão ficar vendo a consolidação da candidatura do Bittar ao Senado aplaudindo? Não acredito. Haverá retaliações. Essa manobra fortalece a tese de uma outra possível candidatura da oposição ao Governo do Acre pelo grupo PSDB-DEM. Ou alguém acha que ficaria tudo definido com Gladson Cameli (PP) para governador, Bittar e Petecão(PSD) ao Senado? Nesse caso, Rocha e o deputado federal Alan Rick (DEM) sairiam para a reeleição e o Bocalom para outro cargo proporcional qualquer e todos seriam felizes para sempre. Só que quem conhece a política do Acre sabe que isso é “quase” impossível de acontecer.
A hora da humildade de Bittar
Conversei por telefone com o deputado federal Alan Rick (DEM) sobre o quê pensa sobre essa manobra. “Está na hora do Márcio Bittar fazer um exercício de humildade. Ele tem que chegar num partido novo como soldado e não como general. Eu por exemplo, estou indo para o DEM e sei que a estrela maior é o Bocalom. Sei da força política que ele ainda tem. Sinto que as pessoas ainda confiam muito no Bocalom,” afirmou Alan.
Ainda no jogo
Alan também acha que mesmo com Bittar no PMDB, Rocha e Bocalom continuariam no jogo das candidaturas majoritárias. “Não tem como alijar o DEM e o PSDB do processo das candidaturas de oposição porque são partidos grandes e importantes. É preciso fazer pesquisas para ver quais os nomes que têm mais condições de disputarem o Senado pela oposição. Ainda tem muito tempo pela frente para se tomar uma decisão,” avaliou o deputado.
O certo pelo duvidoso
O fato é que a única maneira de Bittar garantir a sua candidatura ao Senado seria indo para um dos partidos que estão na sua órbita. O Solidariedade que tem a sua esposa, Márcia Bittar como presidente, o PTB ou PPS. Fora isso, pode fazer um movimento para fora daquilo que almeja. Mesmo porque o ex-prefeito Vagner Sales (PMDB) ainda se diz disposto a disputar o Senado.
A hora do diálogo
O provável candidato ao Governo, Gladson Cameli (PP), precisa estar atento se quiser reunir a oposição em torno do seu nome. Venho escrevendo que as candidaturas ao Senado representam um perigo real para mais um “racha” na oposição. Isso só se resolve com diálogo e desapego às pretensões pessoais.
Prudência e caldo de galinha
O deputado federal Flaviano Melo (PMDB) tem dito constantemente que a oposição precisa de prudência se quiser ganhar o Governo em 2018. E isso só será possível se alguns personagens abandonarem projetos pessoais por um coletivo.
O escolhido
Aparentemente o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (PMDB) deverá apoiar candidaturas do seu partido para deputado federal. Nesse caso, principalmente, a de Flaviano e, eventualmente, a de Jéssica Sales (PMDB). Ficará difícil para o PTB conseguir o apoio do prefeito para as vagas de federal.
Divisão não ajuda
Se realmente a oposição no frigir dos ovos tiver três ou quatro candidatos ao Senado estará ajudando a FPA. O presidente da ALEAC, Ney Amorim (PT) joga para ser a segunda opção para os oposicionistas. Se a oposição se dividir pode entregar as duas vagas ao PT.
Nomes novos
A Rede deverá anunciar neste sábado, 22, na plenária, no Hotel Holiday Inn, a intenção de ter candidatos ao Governo e ao Senado. As ex-senadoras Marina Silva (Rede) e Heloisa Helena (Rede), que estarão presentes no evento, querem ver o partido fortalecido no Estado. Devem anunciar nomes às disputas.
Mais eventos
A vice Nazaré Araújo (PT) que reuniu simpatizantes da sua candidatura ao Governo, no Afa Jardim, continuará conversando com a população. Ela me disse que pretende realizar ainda outros eventos antes de setembro quando a FPA baterá o martelo sobre quem será o candidato da FPA.
Campanha antecipada
Recebi várias mensagens de políticos via wattsapp sobre o Dia do Amigo. Agora, a cada data comemorativa os pretendentes aos cargos em disputa de 2018 irão se manifestar. É de fato uma maneira de se tornarem mais conhecidos e lembrarem as pessoas das suas pretensões políticas. É bom sempre estar sendo sempre lembrado para não ser esquecido.
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