Não existe nada mais equivocado para quem disputa um cargo majoritário do que vestir a camisa do “já ganhou”. Porque a política tem a sua dose de lógica, mas não é uma ciência exata. Um bom exemplo é o que aconteceu com o então senador Nabor Junior (PMDB), um político a se mirar para quem quer entrar na política. Entrou na disputa da reeleição como um ícone da moralidade, sempre vitorioso nas urnas e sem uma mancha na sua vida pública. Não havia quem apontasse para a sua derrota. Era o favorito. E quando as urnas abriram perdeu para o desconhecido Geraldinho Mesquita, sem nenhum brilho ou atuação política, empurrado pela máquina petista. Foi, talvez, a sua derrota, uma das maiores surpresas da política acreana. E com ele perdeu a oposição. Foi a última grande liderança oposicionista. Não apareceu ninguém para lhe substituir. Nabor (foto) congregava todas as correntes, porque não tinha grupo, além de ser carismático e respeitável. Os candidatos ao governo da oposição e do PT, esqueçam, pois, para 2018, esta história de que já ganhou a eleição por antecipação. O exemplo do Nabor é um exemplo emblemático de que, ninguém sabe o que passa na cabeça do eleitor. E que ninguém, por conseguinte, é dono dos votos.
Tucanos continuam se bicando
O ex-vereador Marieldo (PSDB-Bujari), que é da Comissão Provisória do PSDB, tira um sarro com o presidente deputado federal Major Rocha (PSDB): “alguém tem que lhe avisar que em Comissão Provisória não existe Conselho de Ética. Como vai expulsar alguém que como ele foi nomeado pela direção nacional?” Refere-se à ameaça de Rocha tirar o Tesoureiro Edson Bittar.
Completa razão
O ex-vereador Marieldo (PSDB) tem completa razão. A direção nacional só liberou uma Comissão Provisória, o que significa que só ela pode dissolver ou sacar algum membro.
Não cabem os dois
O ex-vereador Marieldo (PSDB-Bujari) integra o grupo do ex-deputado federal Márcio Bittar (PSDB). Uma briga entre o grupo do Rocha e do Bittar emenda na outra. O pior é que nenhum deles acena ao consenso. É pau para comer sabão, e pau para saber que sabão não se come.
O Tião de uma bela sacudida
O que a princípio parecia algo que não daria certo, o lançamento de quatro pré-candidaturas ao governo pela FPA, na verdade se transformou numa bola dentro do gol chutada pelo governador Tião Viana. Os quatro nomes postos: Daniel Zen (PT), Marcus Alexandre (PT),
Emylson Farias (PDT) e Nazaré Araújo (PT) estão em verdadeira campanha, o que conseguiu oxigenar a FPA com debates e movimentação. E com a certeza de que o escolhido terá o apoio dos demais. E ainda tem alguns incautos da oposição achando que será fácil tirar o PT do poder. Não será, com a mais absoluta certeza será uma eleição difícil e muito disputada.
Campanha na rua
Em que pese alguns dirigentes partidários ironizarem o ex-prefeito Tião Bocalon (DEM), ele continua fazendo as suas visitas em campanha para o Senado. O Bocalon não está tendo por parte de alguns setores da oposição o respeito que deveria merecer. Mas vai em frente.
Bom para a política
Enaltece a qualidade da atividade política quando novos nomes de mulheres qualificadas se colocam como candidatas a deputada estadual. É o caso da secretária Sawana Carvalho (PT), da sindicalista Rosana Nascimento (PPS), da publicitária Charlene Lima (PTB) e da Delegada Carla Brito (PSB). Todas com qualidades para fazer um bom papel na ALEAC.
Problema crônico
O fato da ALEAC ter poucas mulheres como deputadas está ligado aos partidos preencherem as cotas destinadas ao público feminino, com poucos nomes qualificados, o que afasta o eleitor. No momento que colocar bons nomes, mais mulheres serão eleitas. É a lógica
E ainda falando de mulheres
E continuando falando de mulheres. É consenso entre os jornalistas que cobrem as sessões da ALEAC que, dificilmente, as deputadas Maria Antonia (PROS), Leila Galvão (PT), Juliana Rodrigues (PRB) e Eliane Sinhasique, não retornarão aos seus mandatos em 2018. São fortes.
Disputa interessante e acirrada
Uma disputa que será acirrada pelas primeiras posições de mais votadas na eleição de 2018, terá de um lado a ex-deputada Antonia Sales (PMDB) e Leila Galvão (PT). Antonia com a sua base principal no Vale do Juruá e a Leila nos municípios do Alto Acre.
Gavetas limpas
A Assembléia Legislativa entrou em recesso, mas antes a mesa diretora fez um mutirão e votou todos os projetos que estavam pendentes na Casa. A única coisa que não funcionou foi a “CPI da SEHAB”. Se o período não foi excepcional, mas teve pontos positivos nos debates travados.
Bom deputado
O Heitor Junior (PDT) não esteve entre os piores deputados do período legislativo que se encerrou, pelo contrário, foi muito ativo nos debates e teve a liberdade de criticar o governo, mesmo sendo da base governista. Deputado sem independência é um nada na política.
Lene Petecão
O mandato da vereadora Lene Petecão (PSD) vem sendo bem melhor do que o anterior. Não se encolheu nos debates, nas críticas às ações da PMRB, como alguns colegas da oposição.
Votos cativos
O deputado federal Flaviano Melo (PMDB) é daqueles políticos que ainda consegue ter eleitores fiéis, principalmente, entre o eleitorado mais idoso. Flaviano é uma das cabeças mais lúcidas da oposição. Quando faz alguma crítica é no alto nível e foge da ofensa pessoal.
É assim na justiça
A condenação do ex-presidente Lula continua sendo vista como algo incomum. E não é! Sofreu uma condenação e terá direito de se defender em outra instância para tentar anular a condenação. Não existe nada de anormal. É um processo penal como outro qualquer.
Bola ou burica
Caso consiga reverter a condenação estará com a sua candidatura à presidência praticamente sem empecilho. Mas se mantida a sentença condenatória vira ficha suja e ficará fora do jogo. O recurso que vai apresentar na instância superior decretará sua vida ou morte política.
Temer e suas sete vidas
Caso não aconteça nada de anormal envolvendo o seu nome até o próximo dia 2, quando se dará a votação no plenário sobre o pedido do STF para lhe processar, o presidente Michel Temer deverá repetir a vitória que teve na CCJ. Temer disputa num campo que domina: o da política. Some-se à vitória na CCJ, ter aprovado a reforma trabalhista de forma folgada.
Atravessou no discurso
O senador Jorge Viana (PT) é um bom orador, ardiloso no discurso, mas a sua última fala no Senado foi atravessada. Nem é porque o Lula nomeou nomes para o Judiciário e MPF, que estes teriam que dar uma contrapartida para uma mãozinha ao Lula. São fatos indistintos.
Não escutou a sereia
O deputado Josa da Farmácia (PODEMOS) não caiu no canto da sereia do governo de disputar uma vaga de deputado federal. Teria chance diminuta. Deverá disputar a reeleição, onde a sua margem de conquistar um novo mandato é bem maior de que para Federal.
Maior visibilidade
O secretário de Segurança, Emylson Farias, está fazendo o que já deveria ter feito há muito tempo, dar visibilidade ao seu trabalho, que tem sim os seus pontos positivos. E está usando muito bem a rede social. Quem aspira ser político não pode ficar apenas no gabinete.
Abre a porta
Caso não consiga fazer decolar a sua candidatura ao governo, abre a porteira para que venha a ser candidato a deputado estadual, deputado federal, ou até a vice-governador. Está no jogo.
Nova tentativa
Quem fará uma nova tentativa para voltar à Assembléia Legislativa é o ex-deputado Gilberto Diniz (PTdoB). Diniz foi um dos críticos mais ferozes do governo Tião Viana durante o seu mandato.
Sena congestionada
Para ter sucesso teria que buscar votos em outros colégios eleitorais, não há mínima chance de ser eleito apenas com os votos de Sena Madureira, com cerca de dez candidatos á ALEAC.
Toinha endoidou a oposição
A ex-prefeita Toinha Vieira (PSDB) tem causado o maior debate dentro da oposição, com o anúncio de vir a apoiar o candidato ao governo pelo PT, pelo fato de continuar no PSDB.
Grande costura
Toinha Vieira apoiar o candidato a governador do PT foi a grande costura política do governador Tião Viana. É bom lembrar que foi derrotado nos dois turnos naquele município, na disputa do governo.
Eleição vai resolver
Enquanto não houver uma convenção para a escolha de um presidente para o PSDB e permanecer a Comissão Provisória, como atualmente, o partido continuará problemático.
Léo de Brito
O deputado federal Léo de Brito (PT) é criticado por defender o Lula e o PT. Não vejo em que sentido isso é anormal. Anormalidade seria ele ser um defensor do Temer e do Aécio Neves. Político tem que ter posição. Se ele é do PT, então, tem que defender os atos do seu partido.
Os quatros de xapuri
A briga pelos votos de Xapuri vai envolver quatro deputados estaduais na eleição do próximo ano. Manoel Moraes (PSB), Leila Galvão (PT), Antonio Pedro (DEM) e Chaga Romão (PMDB).
Tráfego dificultoso
Amigo que veio recentemente por rodovia de Cruzeiro do Sul revelou que, a situação da estrada continua precária e avalia que, o DNIT deveria colocar mais frentes de serviço.
Esta é a preocupação
Acredito que pelo trabalho sério que vem fazendo o dirigente do DNIT, Thiago Caetano, o trecho entre Sena Madureira-Tarauacá, por certo, ficará bem melhor do que o que estava. A questão que se apresenta como mais grave é no trecho Tarauacá- Cruzeiro do Sul, que não tem um centavo de verba alocada e é aonde se encontram a maioria dos pontos críticos. Se a bancada federal não se unir para conseguir verbas para trabalhar nesta parte da rodovia, não é preciso ser formado em engenharia para se dizer que se algo não for feito pode fechar ao tráfego no próximo inverno. O que há é uma promessa da direção nacional do DNIT de liberar recursos para uma atuação entre Tarauacá-Cruzeiro do Sul. Só que não depende só dela a liberação, mas dos ministros da área econômica. E sem pressão política não vem dinheiro. E de promessa em promessa Santo Antonio ficou careca. Esqueçamos as cores partidárias.