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Combate à violência no Acre deveria ser a prioridade do Governo do PT

Os números são pesados para um Estado com menos de 900 mil habitantes, dez homicídios em apenas cinco dias de julho (e infelizmente deve aumentar até a coluna ser postada). Fora aqueles que estão nos hospitais. Execuções, assaltos com explosões de caixas eletrônicas, brigas de facções, entre outras “perebas” perigosas. O resultado é uma população “desarmada” assustada à mercê da bandidagem fortemente armada e centenas de jovens mortos numa guerra que tem o tráfico de drogas e a falta de oportunidades como pano de fundo. Enquanto isso, eu leio que o secretário de segurança, Emylson Farias (PDT) reúne partidos “nanicos” para falar sobre a sua candidatura ao Governo do Estado. Com todo o respeito, isso é uma enorme falta de senso e de responsabilidade. O Emylson é um bom profissional e acredito que tem competência para reverter essa situação caótica de violência. Mas jogar o “cara” numa candidatura precipitada que, na minha opinião, não tem a menor chance política de emplacar beira a insanidade. O secretário deveria estar em Brasília negociando recursos para a segurança ou pedindo auxílio para o Exército e Polícia Federal para minimizar essa situação. Organizando as polícias e a inteligência da segurança. Empenho e foco total na questão que está vitimizando centenas ou talvez milhares de acreanos. Não é hora desse debate político, ainda mais envolvendo um técnico que deveria estar completamente absorto no desafio que se apresenta.


Sem lógica
Outra coisa, se a área de segurança é uma das mais frágeis do atual Governo petista como o chefe dessa pasta se tornará popular para ganhar uma eleição? Parece que estão brincando com a inteligência alheia e colocando vidas em perigo.


Solução
Mas na política tudo é possível. Então, por favor, se acham que realmente o Emylson é o nome para ser o candidato da FPA ao Governo tirem o “cara” do comando da segurança. Fazer política é um direito de qualquer cidadão brasileiro e faz parte da democracia. Mas nomeiem urgentemente um outro secretário que possa se dedicar integralmente ao combate à violência.


Tempo bom?
Algumas pessoas lembram que nos tempos do “esquadrão da morte” era pior. Então temos que nos conformar? Mas isso não seria um retrocesso para o Acre? Voltar aos tempos das mortes encomendadas? Quantos assassinatos a mais ou menos aconteciam em relação a atualidade? Se naquele tempo que era ruim então tudo bem, podem continuar os assassinatos e os assaltos porque sempre terá essa referência de que vivemos um momento “melhor” apesar das mortes.


São pessoas e não números
Será que não percebem que por trás de cada número das estatísticas de homicídios estão seres humanos e famílias sofrendo? Sonhos perdidos e vidas despedaçadas? Não são números frios para serem apresentados em powerpoint para uma imprensa governista e uma plateia de cargos comissionados aplaudirem.


Sofisticação
A situação atual é muito pior do que nos tempos do esquadrão da morte. A diferença é que agora as facções são mais organizadas e aparelhadas do que naqueles tempos(em que eu não vivia no Acre). Não dá pra combater essa situação de caos social com propaganda. É preciso forças policiais preparadas, inteligência, armamento e empenho total da equipe. Não dá pra fazer um “freelancer” de pré-candidato a governador.


Pra não dizer que não falei das flores
Diante desse meu artigo alguns “mais entusiasmados”, para não dizer outra coisa, dirão que a oposição deve estar com medo da candidatura do Emylson. Como vivo nos bastidores da política por força profissional e conheço os dois lados da moeda, posso afirmar que está é comemorando. Façam uma pesquisa com o nome do secretário como o candidato ao Governo da FPA, urgente, e parem de fazer política com coisas sérias.


Por hoje é só…


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