A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) pode ter pisado na bola mais uma vez ao fazer uma denúncia na tribuna da Aleac, na manhã desta quinta-feira (29). A deputada usou o fato de o governador Sebastião Viana (PT) e o secretário de saúde, Gemil Júnior não terem comparecido a agenda no ministro Ricardo Barros durante sua visita no Acre para justificar uma denúncia contra o assessor especial da Juventude (Assejuv) no estado, Weverton Matias.
“As atitudes do serviçal são as atitudes do patrão. Eu abro a minha fala com essa frase para dizer que o comportamento antidemocrático, deselegante do governador Sebastião Viana vai contaminando todos os seus assessores”, disse Sinhasique, ao destacar que Weverton Matias foi rude quando recebeu Edinei Pires, que se apresentou no Estado como representante da Secretária Nacional da Juventude, que teria vindo divulgar o Programa ID Jovem.
Segundo a peemedebista, Edinei Pires informou que, ao chegar na sala de Matias, o gestor estava com seu CPF e filiação partidária. “Estamos vivendo uma ditadura declarada, onde as pessoas são julgadas por sua filiação partidária, porque um secretário de juventude entende que por uma pessoa não ser filiada ao PT não pode divulgar o ID Jovem nas escolas”. Para Sinhasique, o gestor levou as cores partidária em consideração “para barrar o direito de ir e vir das pessoas”.
“Talvez esteja sem assunto e usa a tribuna para falar besteira”
Procurado pela reportagem, Weverton Matias disse que a denúncia “é uma grande irresponsabilidade por parte da deputada Eliane SInhasique, afirmar esse tipo de coisa sem sequer ter feito uma ligação para que eu possa prestar qualquer tipo de esclarecimento. Outra coisa, o programa foi lançado em maio, com a presença do secretário nacional da juventude, que esteve no estado. Inclusive, a deputada esteve presente e fez fala”, destaca o gestor.
Segundo Matias, apesar de não ser típico um oposicionista fazer fala em eventos oficiais do governo, Eliane Sinhasique usou o microfone no evento. “A deputada está totalmente equivocada nessas afirmações. O Programa ID Jovem é uma política de governo federal que sequer foi dialogada com os Estados. Por conta também da inoperância do programa. A juventude do Acre quer muito mais que uma carteirinha de identificação”, ressalta Weverton Matias.
Para ele, “a juventude quer oportunidade, a juventude quer emprego, a juventude quer cultura, a juventude quer esporte, quer lazer. Infelizmente, o programa é um passo muito pequeno no sentido da efetivação dos direitos da juventude do Estado do Acre e juventude brasileira. No entanto, nós estamos nos esforçando para expandir o programa, implantar ele em todos os municípios do Estado. No entanto, cabe a deputada ter responsabilidade, porque, ao meu sentir, talvez esteja sem assunto e usa a tribuna para falar besteira”, finaliza Matias.
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