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A estrada que virou o maior desafio para a integração do Estado do Acre

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Mais uma tentativa de viabilizar o sonho de integração do Estado com os recursos anunciados pelo DNIT para reconstruir alguns trechos da BR 364 entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul. Os R$ 230 milhões que serão investidos, se bem aplicados, podem pelo menos manter aberta a estrada durante um período. Mas a verdade é que a BR 364, nesse trecho em direção ao Juruá, precisa de um novo projeto de engenharia eficaz para que as obras realizadas sejam mais duradouras. Na minha opinião, um dos fatores que sempre atrapalhou demasiadamente a concretização dessa BR foi a premência política. Eleições e mais eleições dependeram de paliativos na estrada para inaugurações ilusórias que não resolveram o problema da sua trafegabilidade permanente e significaram um desperdício de dinheiro público. Nesse sentido, foram mais de R$ 2 bilhões jogados no leito da via que atualmente mais parece um ramal rural intrafegável. Vale destacar, que os recursos que foram aplicados nas diversas pontes e viadutos da BR 364 são os únicos que deram resultado. Realmente são tantos os rios que atravessam a estrada, alguns até muito largos como o Juruá, o Purus, o Envira e o Tarauacá, que nos tempos atuais de crise, seria impossível viabilizar o projeto. Essas pontes são um alento, ou seja, representam metade do caminho para tornar a estrada uma realidade. Espero que essa nova iniciativa de manutenção da BR não seja como as outras e possa resolver a sua trafegabilidade por muito tempo.


A questão política
Quem iniciou concretamente a construção da estrada foi o ex-governador Orleir Cameli. Posteriormente os governos do PT assumiram a obra. Agora, o senador Gladson Cameli (PP) se colocou a frente da empreitada. Assim a política sempre esteve presente. Parecido com as obras que visam acabar com a seca do Nordeste.


O racha do PT
Assim como a oposição ou qualquer outro partido político o PT também tem as suas divisões. A diferença é que consegue se unir quando chega a eleição. No momento, vejo alguns grupos em rota de colisão, principalmente, o do articulador político Carioca com o do senador Jorge Viana (PT).

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Mas tem mais…
Vejo ainda as mulheres petistas em torno da vice-governadora Nazaré Araújo (PT). Outros militantes também que rezam na cartilha do grupo capitaneado pelo atual secretário Sibá Machado (PT) e o deputado estadual Jonas Lima (PT).


Escrito nas estrelas
Um dos maiores críticos dos serviços anunciados na BR 364 tem sido o deputado estadual Luiz Gonzaga (PSDB). Conhecedor da realidade do Juruá, Gonzaga sonha com a solução definitiva dessa novela. Mas tem aí também um fator político. Acho que o PSDB está mais perto de ser uma via eleitoral a disputar o Governo do Estado do que se imagina.


Questão de lógica
Não acredito que o senador Gladson Cameli seja o candidato único das oposições. Existem outros grupos com pensamentos divergentes que deverão se apresentar até as convenções do ano que vem. E não acho isso ruim. A diversidade na política é saudável e dá mais opções aos eleitores.


História pra boi dormir
A oposição não perdeu as mais recentes eleições por não ter se unido. Mas porque o PT e a FPA montaram uma máquina eleitoral muito poderosa. Souberam utilizar bem o poder para aparelhar através de cargos de confiança vários setores da sociedade acreana.


Erro primário
Vejo poucos políticos que têm pretensões majoritárias em 2018 debaterem temas sociais relevantes para o Acre. Esquecem que o mais importante para uma gestão é primeiro um plano bem elaborado baseado nos reais problemas da sociedade. Depois é que se deve começar o debate de nomes.


Na estrada
O deputado federal Flaviano Melo (PMDB) tem se empenhado em organizar o PMDB para as próximas eleições. Esteve recentemente no Alto Acre e também num movimento de novas filiações no Bujari. O partido deverá chegar forte nas próximas eleições com uma chapa de deputado estadual altamente competitiva.


Nem Jesus salva
Tenho visto o deputado estadual Jesus Sérgio (PDT) no olho do furacão do debate sobre as obras da BR 364. Com base política em Tarauacá, Jesus espera colher os frutos dessa empreitada na sua futura campanha a deputado federal. Mas pelo andar da carruagem nem Jesus (o verdadeiro) dará jeito nessa estrada.


Tendência
Tenho percebido que a candidatura do prefeito da Capital, Marcus Alexandre (PT), ao Governo não é uma unanimidade dentro do PT. Parece que o maior defensor da sua possível empreitada é o senador Jorge Viana. Mas por motivos políticos outros grupos petistas querem novas alternativas.


Nota aos leitores
Por alguns dias deixarei de atualizar a coluna. Estou empenhado em terminar um projeto literário. Mas em muito breve voltarei com as atualizações e debates sobre a política acreana e brasileira.


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