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Base de governo blinda Gemil e diz que oposição quer fazer “chacrinha” com problemas

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O requerimento protocolado para convocação do secretário de saúde, Gemil Junior, para prestar esclarecimentos sobre as obras de unidades de saúde paralisadas em todo o Estado foi derrotado em votação no plenário da Aleac, na sessão ordinária dessa quarta-feira (14) e causou bate-boca e troca de farpas entre os deputados dos blocos de oposição e situação no Poder Legislativo.


O deputado Raimundinho da Saúde (PTN) se posicionou contrário eo requerimento da deputada Eliane Sinhasique (PMDB) e disse que ele é quem convocaria o secretário, não para falar de obras, mas com base em outros critérios, para falar de outros assuntos, como a fila de cirurgias e o atendimento aos pacientes no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco.


A peemedebista retrucou e antecipou que seu requerimento seria derrotado porque a base de governo estaria querendo blindar o secretário se esclarecer fatos ligados a obras como a de reforma da cozinha do Pronto Socorro, elevação do valor da obra do hospital de Brasileia, paralisação das obras da UPA de Cruzeiro do Sul e outras questões pendentes na saúde pública.

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Acusado de autoritarismo pela oposição, o líder do governo, Daniel Zen (PT) disse que a atual legislatura sempre debate todas as propostas da oposição e vem sendo mais democrática, “agora carnaval ninguém vai fazer aqui não. Requerimento para fazer chacrinha e expor companheiros, eu não vou deixar passar. Ninguém vai sapatear na minha cabeça”, disparou o petista.


O governista firma que os deputados de situação não estariam na Casa apenas para defender o governo, mas os requerimentos teriam que seguir critérios. “O deputado de situação está aqui para fazer o governo enxergar os problemas. Se for para convocar quem vai convocar sou eu. Ai vai no dia que a gente quiser, no formato que agente quiser”, disse Zen batendo na tribuna.


O oposicionista Jairo Carvalho (PSD) retrucou Zen. “Isso é um ato de autoritarismo do líder do governo. Por que um secretario não pode vir aqui? Fico surpreso com o deputado Raimundinho da Saúde, que é um deputado ligado a área de saúde fazer um depoimento contra. Então nós somos um bando de palhaços nessa casa? Estou decepcionado com o desprestígio dos deputados”


Carvalho questiona ainda pelas prerrogativas dos deputados. Para ele, estaria sendo usados dois pesos e duas medidas. “Cada deputado foi eleito pelo voto do povo e somos legítimos representantes. Temos que prestar contas ao povo para honrar esse parlamento. Os deputados de oposição estão amordaçados nessa Casa, sem prerrogativas e sem o poder de fiscalizar”, destaca.


Nelson Sales (PV) questiona a independência do Poder Legislativo. “Esta casa não é independente. Aqui são poucos os deputados independentes, por isso que esse requerimento não passa. Não existe interesse do governo em transparência. Ele tem obrigação de dar esclarecimentos a essa Casa. Se é um deputado de oposição que requer é chacrinha. Se é um do governo é prerrogativa. Molecagem isso aqui, está virando molecagem”, ressalta o oposicionista.


O clima esquentou quando Jenilson Leite (PCdoB) usou a tribuna para se posicionar contra a convocação de Gemil. Ao fazer a defesa de um possível requerimento com critérios diferentes que deverá ser apresentado por Raimundinho da Saúde e tentar desqualificar a proposta da oposição, a deputada Eliane Sinhasique começou a filmar o discurso do comunista que reagiu.


“A senhora que fazer sambinha na cabeça dos deputados. A senhora tem que ir lá e falar com seu presidente Temer para mandar mais recurso para saúde. Filme, deputada, venha mais para cá, aproxime. Quando o Temer assumiu, a senhora foi para Brasília dizer: meu presidente vai ajudar o Acre. Mas ele deixou de mandar recursos para saúde e para os ramais”, concluiu o comunista.


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