O julgamento de Kennedy Magalhães, acusado de ter atirado e assassinado o cabo da Polícia Militar do Acre, Alexandro Santos, entrou pela tarde, e continua com depoimentos polêmicos. O réu afirmou, ao ser questionado, se era o responsável pelo crime, mas, sem gaguejar, Kennedy disparou que não sabia de onde teria saído a bala.
O juiz Alesson Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco, responsável pelo processo, mostrou a Kennedy as imagens do momento do crime. O rapaz continuou afirmando ser inocente e que sempre era perseguido pela polícia. O acusado também afirma que nunca tentou pegar a arma do crime, e reagiu à ordem de prisão porque estava nervoso.
Segundo o jovem acusado, ao colocar as mãos sobre o corpo do cabo Alexandro, ele pensava apenas em uma forma de se apoiar e conseguir levantar, pra sair do local. Ele conta que reagiu assim porque estava traumatizado com as abordagens policiais pelas quais teve que passar. Numa delas, inclusive, disse que foi torturado.
Ainda que a perícia no vídeo que mostra o exato momento em que o policial militar é morto não tenha apontado que Kennedy tenha pego a arma da vítima, e atirado contra ela, o Ministério Público do Acre (MP/AC) pede a condenação do rapaz. Ao início da audiência, os policiais que acompanhavam o militar morto na ocorrência devem ser ouvidos.
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