Imagens que circularam na manhã desta terça-feira, 7, horas depois da tentativa de motim por parte de detentos que tentavam invadir outro pavilhão do presídio Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, dão uma ideia da gravidade dos acontecimentos. A ação, apesar de violenta, foi logo contida pelos agentes penitenciários e por homens da Polícia Militar. A suspeita é de que a guerra de facções criminosas teria motivado o incidente.
Os amotinados derrubaram grades de ferro, danificaram colchões e chegaram até mesmo a arrancar pedaços de concreto das paredes. Uma revista feita no pavilhão do rebelados revelou uma grande quantidade de armas brancas, feitas a partir de lâminas de ferro ou outros objetos cortantes e pontiagudos, que no jargão dos presos são conhecidas como “estoques”.
Segundo o delegado de Polícia Civil Alexnaldo Batista, agentes penitenciários fazem o levantamento dos danos e também averiguam a integridade física dos envolvidos na ocorrência. “Por enquanto não sabemos de nenhuma pessoa ferida”, adiantou ele.
Um relatório sobre os danos materiais deverá ser encaminhado à Delegacia Geral de Polícia Civil tão logo seja concluído. Alexnaldo acrescenta que só após esse procedimento os suspeitos pela tentativa de motim deverão ser ouvidos e responsabilizados criminalmente.
O artigo 354 do Código Penal Brasileiro prevê detenção de seis meses a dois anos a presos que se amotinam, em detrimento da ordem ou da disciplina da prisão.
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