Categories: Cidades Notícias Política

Justiça do Acre nega absolvição sumária ao ex-diretor da Emurb, Jackson Marinheiro

Published by
João Renato Jácome

O Poder Judiciário do Acre negou ao ex-diretor da Empresa Municipal de urbanização de Rio Branco (Emurb), Jackson Marinheiro, o direito à absolvição sumária, solicitada pela pelos advogados dele. Em alegação para isso, a Defesa de Marinheiro contestou que a perícia do Ministério Público do Acre (MP/AC) não deveria valer como prova.


Mas segundo o juiz Flávio Mundim, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, compete ao magistrado responsável pelo processo “deferir a produção das provas que considerar pertinentes e necessárias à formação de seu convencimento, e indeferir aquelas que considerar dispensáveis e que possam retardar a prestação da tutela jurisdicional”, escreveu em decisão.


Os advogados de Marinheiro informaram ao Judiciário que as provas apontadas em laudo foram produzidas “de forma unilateral e carece de prestabilidade à formação da convicção do julgador”, mas não adiantou e o juiz manteve a decisão de validar a perícia do Ministério Público. Não satisfeito, o juiz explica que em nenhum momento a Defesa pediu uma nova perícia ao judiciário.


“Ademais, rejeito o pleito de absolvição sumária, pois há elementos que afloram indícios suficientes de autoria e materialidade já analisados na ocasião do recebimento da denúncia (…) sendo que tais provas deverão ser submetidas ao crivo do contraditório e ampla defesa (…)Designe-se audiência de instrução e julgamento”, assinou o juiz.


ENTENDA O CASO

Jackson Marinheiro Pereira foi preso em setembro do ano passado, durante a Operação Midas, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Acre e denunciado formalmente por ter praticado crime de peculato.


A denúncia é baseada em provas obtidas durante a prisão de Marinheiro no dia 2 de setembro de 2016. Na ocasião, policiais civis, munidos de ordem judicial, adentraram na residência do ex-gestor, localizada no Condomínio Green Garden, e encontraram notebook de propriedade da Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco. Segundo o MP, o denunciado, de forma consciente e voluntária, valendo-se da qualidade de funcionário público, apropriou-se do bem para proveito próprio e que por esse motivo havia sido preso na época em flagrante e solto 24 horas depois em audiência de custódia.


Ainda segundo o MP, após a exoneração de Marinheiro, o computador era usado frequentemente. O conteúdo que foi encontrado no HD do computador não foi revelado, segundo consta em documento obtido com exclusividade pelo ac24horas.


Share
Published by
João Renato Jácome

Recent Posts

Dólar fecha abaixo de R$ 5,10 pela primeira vez em três semanas

Impulsionado pelo alívio global, o mercado financeiro teve um dia de forte recuperação. O dólar…

03/05/2024

Casas sofrem 2ª punição por Prova de Resistência de A Grande Conquista

Michael e Fellipe Villas continuaram na disputa pelo carro 0 km e as Casas Verde…

03/05/2024

Gladson Cameli anuncia obras de revitalização do Teatrão em Rio Branco

Após várias polêmicas em torno do assunto, o governador do estado, Gladson Cameli, usou as…

03/05/2024

Governo coloca CBMAC à disposição do governo do Rio Grande do Sul

A tragédia no Rio Grande do Sul já é considerada a pior da história. As…

03/05/2024

Lula sanciona marco legal dos jogos eletrônicos no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta sexta-feira (3), o marco legal para…

03/05/2024

Reunião no Progressistas define aliança com PL e chapa Bocalom e Alysson está definida

A Executiva Municipal do Progressistas se reuniu a portas fechadas na sede do partido, nesta…

03/05/2024