A mãe fez um relato sobre algumas de suas experiências na ausência do filho. “Me tranquei no quarto sem comer, sem dormir e sem falar para que eu pudesse assimilar bem o conteúdo destes livros e saber onde Bruno Borges queria chegar ou o que ele queria nos passar”, e completa: “Hoje penso com certeza que Bruno Borges deixou ali naquele quarto, que tanto me assustava e agora não mais, um grande legado. É riquíssima a obra dele. Peço respeito pois estou falando com propriedade. Sempre fui uma pessoa que devorou livros e realmente posso fazer esta análise”.
Em outra postagem, Denise Borges afirma: “Aviso a todos os “amigos” de face, que qualquer comentário por parte de vocês que venha denegrir esta família, estarei excluindo de imediato”.
O contrato foi assinado no dia 10 de março, 17 dias antes do desaparecimento de Bruno Borges.
O delegado Alcino Júnior informou que as buscas tiveram como objetivo informações não só “quanto a localização do Bruno, mas como a documentos que viesse a trazer informação sobre os livros que foram deixados. A forma como o Bruno desapareceu pudesse se tratar de um plano de marketing bolado por ele próprio e por pessoas que o circulavam. Essas pessoas são: Márcio Gaiote, que hoje se encontra fora do estado, e Marcelo Ferreira, que ajudou ele a escrever no teto, todo aquele quarto lá onde acabou tendo a divulgação toda daquele material e os livros também”.
A polícia continua as investigações. O Delegado lembrou que a “Polícia Civil tem a obrigação também de fazer essa busca por desaparecidos, é uma atribuição nossa”, e acrescentou: “A gente vai verificar cada ponto em que houve uma comunicação da família, do desaparecimento, até que ponto esses contratos geraram que tipo de gastos, e verificar que consequência isso teve”.
Sobre Bruno Borges o delegado disse que “acredita que dentro desse planejamento, ele esteja aguardando essa publicação pra atingir o objetivo que era a venda desses livros”.