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Mãe de Bruno Borges revela que família sabia de contrato que foi apreendido pela Polícia Civil do Acre

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A empresária Denise Borges, mãe de Bruno Borges, o estudante que está desaparecido desde o dia 27 de março deste ano, disse, em um texto no Facebook, que a família sabia da existência dos contratos entre Bruno e outros dois amigos para a eventual venda de livros do estudante. “Os contratos existem sim e nós já sabíamos”, disse Denise. A postagem da mãe de Bruno foi feita logo após a imprensa noticiar que a Polícia Civil, sob a coordenação do delegado Alcino Junior, apreendeu na casa de um dos parceiros de Bruno no negócio, um documento registrado em cartório que seria parte de um plano de marketing. Denise, entretanto, refuta: “Eu digo com respeito a todos que os livros não são uma jogada de marketing”.


A mãe fez um relato sobre algumas de suas experiências na ausência do filho. “Me tranquei no quarto sem comer, sem dormir e sem falar para que eu pudesse assimilar bem o conteúdo destes livros e saber onde Bruno Borges queria chegar ou o que ele queria nos passar”, e completa: “Hoje penso com certeza que Bruno Borges deixou ali naquele quarto, que tanto me assustava e agora não mais, um grande legado. É riquíssima a obra dele. Peço respeito pois estou falando com propriedade. Sempre fui uma pessoa que devorou livros e realmente posso fazer esta análise”.


Em outra postagem, Denise Borges afirma: “Aviso a todos os “amigos” de face, que qualquer comentário por parte de vocês que venha denegrir esta família, estarei excluindo de imediato”.

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A apreensão do contrato

Em cumprimento a um mandado de busca e apreensão nesta quarta-feira, 31, na casa de Marcelo Ferreira, no bairro Pedro Roseno, amigo de Bruno Borges, o estudante desparecido desde o dia 27 de março deste ano, agentes da Polícia Civil encontraram um contrato registrado em cartório que comprova que houve uma ação planejada em torno do desaparecimento do acadêmico de Psicologia da Uninorte. O plano seria promover a venda e repartir o lucro entre o autor da obra, o estudante Bruno, Márcio Gaiote, que já prestou depoimento à polícia, e Marcelo. Na residência, agentes também encontraram uma porção de maconha.


O contrato foi assinado no dia 10 de março, 17 dias antes do desaparecimento de Bruno Borges.


O delegado Alcino Júnior informou que as buscas tiveram como objetivo informações não só “quanto a localização do Bruno, mas como a documentos que viesse a trazer informação sobre os livros que foram deixados. A forma como o Bruno desapareceu pudesse se tratar de um plano de marketing bolado por ele próprio e por pessoas que o circulavam. Essas pessoas são: Márcio Gaiote, que hoje se encontra fora do estado, e Marcelo Ferreira, que ajudou ele a escrever no teto, todo aquele quarto lá onde acabou tendo a divulgação toda daquele material e os livros também”.


A polícia continua as investigações. O Delegado lembrou que a “Polícia Civil tem a obrigação também de fazer essa busca por desaparecidos, é uma atribuição nossa”, e acrescentou: “A gente vai verificar cada ponto em que houve uma comunicação da família, do desaparecimento, até que ponto esses contratos geraram que tipo de gastos, e verificar que consequência isso teve”.


Sobre Bruno Borges o delegado disse que “acredita que dentro desse planejamento, ele esteja aguardando essa publicação pra atingir o objetivo que era a venda desses livros”.


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