Celas criadas para abrigar dois detentos estão com 19 presos no Acre. A informação é do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que enviou uma equipe de técnicos ao estado para fazer uma avaliação minuciosa do sistema prisional acreano, começando pela Unidade de Recolhimento Provisório de Rio Branco (URP).
Na segunda-feira, dia 19, enquanto militares do Exército, Aeronáutica e homens das polícias do estado faziam uma verdadeira varredura nos presídios de Rio Branco, os representantes do CNJ estiveram reunidos com a juíza da Vara de Execuções Penais, Luana Campos, que fez uma apresentação da realidade dos presídios da capital.
A comitiva do CNJ é liderada pelo conselheiro Rogério Nascimento. Ele fez uma breve análise das medidas tomadas pelo Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), que, para tentar conter o aumento das organizações criminosas, deseja separar presos que estudam ou trabalham, como forma de não mantê-los em meio às facções.
“Muitas vezes, pensamos que, ao separar a população prisional em uma ala da penitenciária de acordo com as facções criminais, vamos enfraquecê-las. No entanto, assim fornecemos mão de obra e receita para uma facção. Ao invés de enfraquecer, fortalecemos a facção”, afirmou o coordenador do Grupo Especial de Monitoramento e Fiscalização (GEMF), conselheiro Rogério Nascimento.
O posicionamento da juíza Luana Campos também é contrário à postura aos planos do Iapen. Na avaliação da magistrada, devem ocupar o novo espaço prisional, aqueles detentos que não possuem antecedentes criminais ou aqueles que não fazem parte de nenhuma facção criminosa.
“Depois que um preso novato adere a uma facção, até a família dele é pressionada a obedecer a ordens da facção. A mãe do preso pode ser obrigada a cozinhar para os integrantes da quadrilha quando vai visitar o filho ou a contrair empréstimo bancário e repassar o dinheiro aos colegas de cela do filho”, disse.
A visita da segue nesta terça-feira (30/5), com inspeções à Unidade Penitenciária Doutor Francisco de Oliveira Conde (Regime Fechado), à Unidade de Recolhimento Provisório de Rio Branco e à Unidade de Regime Fechado Feminino de Rio Branco. Na véspera da visita do CNJ, o Exército Brasileiro começou uma operação no complexo prisional para localizar celulares, drogas e armas nas prisões.
Segundo o governo estadual, o próprio Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen/AC) solicitara a varredura após a rebelião promovida por parte da população prisional em outubro do ano passado.
LEGENDA: Comitiva do CNJ visita a Vara de execuções Penais de Boa Vista AC. Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ
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