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Deputados afirmam que o governo só lembra de Sena Madureira quando acontece uma tragédia

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A invasão de uma escola pública por membros de facções criminosas, no município de Sena Madureira, que resultou em uma tentativa de homicídio contra um estudante atingido com um disparo de arma de fogo na cabeça esquentou o debate na Aleac, na manhã desta quarta-feira (24).


Os deputados Nelson Sales (PV) e Gerlen Diniz (PP) afirmam que o governo do Acre estariam tratando a população do interior do Acre com discriminação quanto ao investimento na área de segurança pública. “Foi uma tragédia anunciada que débito no colo da Secretaria de Segurança”, diz Sales.


Segundo o parlamentar, as autoridades estaduais ignoraram uma audiência pública realizada no município para a população relatar a fragilidade do sistema de segurança e apresentar sugestões combater a violência. Sales disse que Sena é o terceiro maior município, mas perde na violência penas para Rio Branco.

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Nelson Sales destaca que todas vezes que acontecem fugas nos presídios da capital, os bandidos correm para Sena Madureira. Ele reclama ainda que acabaram com as barreiras policiais que funcionavam como um filtro para impedir que armas e drogas chegassem a Sena Madureira.


A reforma da delegacia do município que estaria se arrastando por dois anos também foi questionada por Nelson Sales e Gerlen Diniz. “Fecharam postos policiais, a delegacia está em reforma há dois anos, faltam peritos, o IML anunciado pelo governo não foi instalado. A impressão que nós temos é que o governo consideram o cidadão do interior de segunda categoria”.


Os deputados afirmam que não há policiamento nas escolas. Um exemplo apresentado é que a delegacia fica na frente da escola que sofreu a invasão pelos membros de facções, mas nada teria sido feito, sendo necessário o deslocamento de policiais de Rio Branco para capturar os suspeitos pelo atentado.


“Picham na parede e afrontam colocando os símbolos das facções. Toda semana, em sena Madureira, o álcool zero está lá. Arrecada, né? Mas as forças de segurança só vão quando acontece uma tragédia. Foi todo mundo pra lá, mas daqui a pouco vem todo mundo vem embora e as famílias ficam sem segurança e sem atenção”, enfatiza Sales.


Gerlen Diniz voltou a criticar a falta de estrutura de segurança em Sena Madureira. De acordo com ele, quando policiais do BOPE são descolados de Rio Branco ao Município, os casos de violência sofrem uma significativa queda, mas o patrulhamento acontece esporadicamente e os criminosos voltam a agir.


O oposicionista relembra que há mais policiais para fazer a segurança pessoal do governador Sebastião Viana, que aqueles que fazem a segurança da população de Sena Madureira. “Apenas 70 policiais militares para fazem a segurança da população. Temos uma delegacia que está em reforma há dois anos e alguns postos policiais que foram fechados, gerando sensação de insegurança”, finaliza.


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