DEPOIS DA TEMPESTADE
Alguém certa vez me disse que se o seu barco esta em uma forte tempestade não tente procurar a direção do vento, mas recolha as velas e segure firme no leme. A política nacional esta no meio de uma tempestade. Não sei se é a pior do período republicano, mas compreendo este como um momento grave da nossa história. O sistema político virou pó e a justiça do país não tem a credibilidade de outrora. Qual a razão de tudo isso? Primeiro, entendo que a democracia brasileira foi capaz de realizar alguns feitos interessantes como o governo de transição de Itamar Franco, a eleição de Fernando Henrique, de Lula e de Dilma. Pela ordem, o povo brasileiro elegeu de forma democrática, um professor que viveu exilado, um sindicalista e uma ex-guerrilheira. Todos a seu modo, tempo e lugar lutaram pela redemocratização do Brasil e, portanto puderam usufruir das conquistas de suas lutas ao se elegerem como chefes do executivo nacional. Neste mesmo período os maiores partidos foram capazes de se organizar como instituições representativas com capilaridade significativa. As suas principais lideranças políticas apesar de todos os problemas conduziram o país em algumas reformas que produziram avanços na economia e na política que melhoraram algumas instituições e reduziram as desigualdades sociais. Estes não foram feitos de um governo, mas da somatória de ações que se iniciou no governo de transição de Itamar Franco e nos subsequentes FHC, Lula e no primeiro mandato de Dilma. Algumas destas conquistas se consolidaram no interior de um processo de continuidade que retirou o país de alguns mapas vergonhosos, e o colocou no patamar de país emergente. Infelizmente, ainda estamos presentes em outros indicadores que nos envergonham e que considero necessário destacar: somos um dos países mais violentos e corruptos do mundo. A corrupção e a violência ficaram fora da agenda e das ações dos partidos e governos nos últimos vinte anos, e são estes dois fenômenos que estão batendo a nossa porta cobrando os seus dividendos. O sistema político não foi eficiente, e os governos covardes e incompetentes em atacar aquilo que consome os regimes de governo desde muito tempo. Ou seja, a corrupção e a violência que geram a impunidade que considero “a mãe de todas as pragas” que assolam a política nacional. O que fazer diante desta tempestade política? Seguremos firme o leme desta Nau, e não deixemos que os ventos da esquerda, da direita e mesmo os de centro nos conduzam. O nosso farol é a Constituição Federal, deixemos para fazer os reparos depois da tempestade porque o mais importante agora é atravessá-la e conduzir o país às águas mais tranquilas. Não é prudente tentar reparar as avarias no casco e nas velas durante uma tempestade.
Nilson Euclides da Silva
Professor do CFCH e coordenador do GEPDE – Grupo de Estudos Políticos e Democracia da UFAC
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