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Antes de “dedurar” Temer, JBS “deu” dinheiro para Sebastião, Bittar e Cameli

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Parece que o empresário Joesley Batista, da JSB, que gravou e “dedurou” o presidente Michel Temer (PMDB), há muito tempo estava de olho na área livre de febre aftosa do Acre. Pelo menos é o que poderia justificar as doações milionárias de campanha que ele fez para Sebastião Viana (PT), Perpétua Almeida (PCdoB), Márcio Bittar (PSDB) e Gladson Cameli (PP). Na campanha de 2014, a JBS doou R$ 580 mil para campanha de Sebastião Viana, que somados a outras doações aos comitês financeiros dos candidatos a deputado federal e estadual do PT chegou a mais de R$ 1 milhão.

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O dinheiro da carne capitalista abasteceu campanhas socialistas. A comunista Perpétua Almeida, candidata ao Senado, na época recebeu R$ 349 mil de coações da JBS, recursos que de acordo com a prestação de contas no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi repassado pela direção nacional do PCdoB – que apesar de pregar o socialismo não dispensou uma força da grana capitalista –  para a campanha de Perpétua, que foi derrotada por Gladson Cameli (PP), que também recebeu generosas doações da JBS, que “deu” mais dinheiro que Silvio Santos em seus programas.


O esforço da JBS para ficar bem na fita com quem ganhasse a eleição no Acre, se estendeu aos candidatos que faziam oposição ao PT.  Segundo dados disponibilizados no site do TSE, Gladson Cameli recebeu doação no valor de R$ 600 mil da JBS, dividido em três repasses, o primeiro de R$ 100 mil – o segundo de R$ 200 mil e o terceiro de R$ 300 mil. O site destaca que os recursos foram repassados pela direção nacional do Partido Progressista para o comitê de campanha de Cameli no Estado. Joesley Batista não brincou em serviço concedeu mimos à esquerda, à direita e centro.


O candidato derrotado ao governo, Márcio Bittar (PSDB) – que faz oposição ao PT de Sebastião – abocanhou uma boa quantia de recursos da proteína animal da JBS. A empresa de Joesley Batista doou R$ 500 mil para campanha do tucano Bittar. Os recursos para campanha foram repassados pela executiva nacional do ninho tucano, que tinha como candidato a presidente da República, o senador Aécio Neves, que recentemente foi flagrado recebendo R$ 2 milhões da JBS para supostamente pagar advogados para se defender das acusações na Operação Lava Jato.


Pois é, meus três leitores, o Acre é pequeno, mas é enjoado. Os políticos acreanos não ficaram fora da divisão dos milhões, legalizados pelo TSE. A preocupação agora é saber se nossos representantes estão na lista do caixa 2 da empresa, que de acordo com O Antagonista, a delação premiada da JBS atinge nada menos que 1890 políticos, do presidente da República ao vereador. São histórias sórdidas de todo sistema corrupto que arruinou o Brasil. Só resta canta uma música de Zé Ramalho para quem pegou grana da JSB no Acre: “Eh, ôô, vida de gado Povo marcado, ê Povo feliz”.


Será que vamos colecionar investigados?



“Estou longe dessa podridão, essa podridão está longe de mim”, disse o governador Sebastião Viana, ao questionar a inclusão de seu nome e do senador Jorge Viana, ambos do PT, na lista de investigados do ministro Luiz Edson Fachin, relator da lava Jato no Supremo. Marcelo Odebrecht afirma, em delação premiada, que repassou R$ 2 milhões no caixa 2 para campanha de Sebastião. O pedido dos recursos teria sido feito por Jorge Viana. Agora, com as possíveis revelações da JBS de nomes de políticos que receberam doações via caixa 2 – poderá ampliar a lista de acreanos investigados.


Quem votou em Dilma também votou em Temer



Eu, particularmente, acredito que chegou o momento de as pessoas esquecerem as defesas partidárias. Porque Michel Temer foi flagrado com a boca na botija, a pessoa não pode tentar minimizar dizendo que voltou na Dilma. Quem votou na Dilma também votou em Temer. Quem votou na Dilma e no Temer atendeu a um apelo de Lula. E todos são citados como supostos beneficiários do esquema de propinas que financiou campanhas. O mesmo acontece com quem votou em Aécio. O lamaçal é um só. Não cabe mais a defesa do indefensável, seja na esquerda ou na direita.


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