Aqui no Acre, ali pela década de 1980, diante dos problemas na ponte, o povo arranjou um apelido pro arrodeio: balança-mais-não-cai, em alusão a um programa – acho – da Rede Globo. O Governo Temer, o da ponte para o futuro, diante das delações os irmãos Batista, deixou não só a ponte do Brasil em suspenso, mas as pontes de cá, que não são poucas, na mesma situação. Naturalmente que esse é o eu ponto de vista e não precisa estar, necessariamente, correto.
O fato é que não há como falar em 2018, trabalhar por 2018, com uma faca, uma corda e uma guilhotina no pescoço do país. Fazer isso vai além da burrice política. O povo, esse ser de extrema importância e sempre tão desvalorizado e vilipendiado, diante de tanta roubalheira, tanta desfaçatez e falta de vergonha na cara mesmo, de boa parte da classe política – e na política como na vida, o justo paga pelo pecador – está a observar tudo como se nada visse, mas sempre de olhos bem aberto e uma lupa na mão.
Portanto, ninguém em sã consciência pode cantar vitória sobre o grupo alheio. Entre mortos e feridos, estão todos agonizando em uma UTI precária, muitas vezes nos corredores dos hospitais que eles, os ditos políticos, prometeram arrumar e colocaram o dinheiro sabe-se lá aonde. E não se engane, leitor: essa regra não vale só pro Brasil. A agonia nacional pega de cheio o nosso combalido Acre de tantos salvadores da pátria em ação.
Falando em salvadores da pátria, senhores, apenas parem. Parem de querer tirar casquinha na desgraça nacional. Se Paulo disse em uma de suas cartas que não há um justo, um justo sequer, acredite no que o Apóstolo de Cristo disse. É verdade. Não há santos nessa história. Não há como dividir o atual momento político brasileiro entre bons e maus, entre nós e eles. É como disse certa vez o grande filósofo José Bestene: tudo farinha do mesmo saco, tudo banana do mesmo cacho.
Naturalmente que há políticos sérios, comprometidos com as causas do povo. Gente que sonha, que acredita, que trabalha por um Acre melhor. Por um Brasil melhor. Oro para que eles despertem e o povo os enxergue. Dependemos disso para um futuro melhor. Acredito nesse futuro. Não só com pontes, mas com estradas bem pavimentadas. Na atual conjuntura política, porém, todo mundo vem sendo medido na mesma régua. Uma régua ruim e muitas vezes injusta, mas igual para todos, infelizmente.
Voltando às pontes em suspenso, tá na hora de reabrirem a ponte – política – para o futuro, mas para isso há que ter bom senso e serenidade. Não podemos viver no mundo de Nárnia, mas precisamos de um projeto de reconstrução, de reordenamento político e econômico. Essa política diversionista em nada ajuda nesse processo. Tá na hora dos grupos da Frente Popular e da oposição tomarem juízo e pararem de picuinha por tomada de poder, do meu grupo é melhor que o seu, do agora é a minha vez e como você já teve sua chance, sai pra lá que o trem da história não te cabe. Aproveitem a ponte em suspenso e reconstruam seus caminhos. Ainda há tempo. E os meninos Batista os ajudaram muito nisso. Mas o tempo é curto. E, como disse, isso é só uma opinião. Ela não precisa estar certa e, muito menos, você concordar com isso.
Bom dia!!!
Leitor, prometo que domingo volto à programação normal.