Mesmo depois do furacão que se abateu no Palácio Planalto com a denúncia da JBS da tentativa de compra do silêncio de Eduardo Cunha, o presidente Temer (PMDB) recebeu a bancada do Acre, na manhã desta quinta, 18. O senador Sérgio Petecão (PSD) acompanhado de Gladson Cameli (PP) e do deputado federal Flaviano Melo (PMDB) tiveram uma audiência por quase uma hora com Temer.
O encontro era para tratar a liberação de recursos para o Governo do Acre relativas a segurança pública de R$ 40 milhões e a recuperação de ramais de R$ 150 milhões. Após o encontro Petecão deu entrevistas para alguns dos principais veículos de comunicação do mundo como New York Times e Financial Times. O senador revelou que o presidente Temer estava tranquilo.
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“A audiência começou exatamente na hora marcada. Nós não tocamos no assunto da delação da JBS porque a nossa pauta era outra. Foi o próprio Temer que comentou com a gente. Ele disse assim: ‘vocês viram que absurdo essa denúncia? Logo agora que o país começava a dar sinais de sair da crise’. O Temer estava tranquilo e passava segurança. Também nos disse que vai fazer um pronunciamento em rede nacional assim que tiver acesso aos áudios,” afirmou Petecão.
O senador Gladson Cameli também achou o presidente tranquilo. “Essa nossa agenda estava marcada há um mês. O fato de não ter sido adiada ou cancelada mostra o espírito do Temer. Achei ele muito firme, não sei se já está acostumado com essas crises, mas não passou nenhum tipo abalo. Temer não vai se manifestar até ouvir os áudios das delações, mas depois dará uma satisfação à Nação,” revelou Cameli.
Gladson disse ainda que é preciso calma num momento como esse. “Os politiqueiros estão se aproveitando dessa situação para tacar o terror em Brasília. Mas, por enquanto, o que existe são muitas especulações. Vou aguardar fatos concretos para me manifestar sobre esse assunto,” salientou o senador.
Petecão contou que nos seis anos que está no Senado nunca tinha sentido uma pressão tão grande. “As denúncias contra o senador Aécio Neves (PSDB) trouxeram muita perturbação. Se fala mais nele no Senado do que do Temer. É contra o Aécio que existem as provas mais contundentes,” disse ele.
Gladson também confirmou o clima de devastação política no Senado. “A situação no momento é a pior possível relacionada ao Aécio. Se aguarda a posição do ministro do STF, Fachin, que pode pedir a autorização do plenário para prender o Aécio. Mas tudo ainda é especulação. O Aécio renunciou a presidência do PSDB. Está tudo uma interrogação muito grande nesse momento,” afirmou.
Consequências da crise
Tanto Petecão quanto Gladson preferem esperar o desdobramento da atual situação depois de que os supostos áudios da conversa de Temer com o empresário da JBS, Joesley Batista, se tornarem públicos. Petecão resumiu: “Ainda ninguém ouviu esse áudio. Mas se o conteúdo que se especula for verdadeiro a casa caiu,” previu.
Petecão ainda ironizou o governador Tião Viana (PT) que declarou nas redes sociais: “e esses covardes deram um golpe e, caluniando o Lula. O Lula é o povo”. O senador declarou: “Veja bem que nós estávamos logo cedo nessa agenda para conseguir trazer recursos para o Governo resolver problemas graves do Estado de segurança pública e dos ramais para os nossos agricultores. Não entendo essas ironias,” salientou.
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