Bom dia! Boa tarde! Boa noite!
Meus três leitores, vocês estão por aí? Juro que vou falar de museu apenas a partir da segunda nota dessa atualização. Vocês sabiam que nas eleições do ano que vem há duas cadeiras de senadores pelo Acre em disputa? Acredito que sim, mas quem parece não saber é a oposição. A maioria dos pré-candidatos oposicionistas ao cargo de senador fazem campanha pensando apenas em uma vaga. Explico: nas pesquisas encomendadas pelos pretensos candidatos, eles sempre aparecem em segundo lugar, cedendo a primeira colocação para o senador Jorge Viana, do PT.
Enquanto o petista JV ocupa grande parte de seu tempo tentando convencer a população brasileira que o ex-presidente Lula (PT) vive de palestras, nunca recebeu doações de empreiteiras, não conhece e nunca falou com Marcelo Odebrecht, nunca falou com Léo Pinheiro, não sabia que Michel Temer (PMDB) foi indicado para vice-presidente na chapa do PT, não conhece Dilma Rousseff, nunca passeou no pedalinho do sítio de Atibaia e desconhece a existência de um determinado tríplex, os pré-candidatos da oposição assumiram sua campanha à reeleição no Acre.
Jorge Viana é primeiro e Petecão é segundo na pesquisa da Data Control. Jorge Viana é primeiro e Márcio Bittar é o segundo na pesquisa da Agência Delta. Tem líder partidário recomendando que a oposição deve indicar apenas um candidato, mesmo havendo duas vagas. Será possível que apenas o deputado Ney Amorim (PT) queira entrar nessa contenda acreditando nas duas cadeiras? Acorda aí, oposição, ninguém é dono de mandato. Quem deve estar gostando é o senador Jorge Viana, um reconhecido mão fechada que não vai precisar gastar para fazer campanha.
Uma noite no museu
Se o governador Sebastião Viana, do PT, adora ser vaiado pela oposição, este blogueiro adora receber as indiretas de seus auxiliares. Ainda não vi ninguém dizendo que é contra investimentos em cultura. O que acontece é que a administração estadual parece não enxergar as prioridades das comunidades. Pode haver um ou 10 bilhões de reais para investimentos, mas se esses investimentos não priorizam as necessidades do povo, sempre será dinheiro jogado fora. Um gestor não deve administrar com base em seus sonhos ou sonhos de seus parentes.
Dinheiro público não existe para realizar antigas vontades do gestor e de seus familiares, mas para ser tratado com zelo e responsabilidade. Principalmente, quando se trata de recurso de empréstimo. Defendo a mesma tese da promotora de Justiça, Alessandra Marques: “Enquanto formos uma sociedade em que pessoas morrem sem tratamento médico, na qual crianças não sabem ler e interpretar, os governos decentes não podem ter prioridades distintas da educação e da saúde!”. Como não tem pitadas de bom-humor nesse texto acima, fiquem com minha dica de filme: (autor desconhecido, mas o blog pode dar o direito a crédito para quem se acusar)
A bancada dos mudinhos perde um deputado
A bancada dos mudinhos sofreu uma baixa na Assembleia Legislativa do Acre. Depois de um tempo calado, o deputado Nicolau Júnior (PP) tomou gosto pela tribuna e vem sendo o primeiro a se inscrever no pequeno e grande expediente nas sessões ordinárias. Nenhuma denúncia passa despercebida por Nicolau. Na última sessão ele denunciou que o aeroporto de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, só é internacional no nome. Segundo Nicolau, o aeroporto não funciona 24 horas, o que prejudica a remoção de pacientes dos municípios do Vale do Juruá. Dá-lhe, Nicolau!
Podem criticá-lo, chama-lo de coronel de barranco, mas de uma coisa ninguém pode negar, Vagner Sales entende e sabe fazer política. Ao se posicionar contrário ao projeto de Reforma da Previdência e ameaçar abandonar o PMDB, partido que desde sempre foi filiado, caso a legenda expulsasse sua filha, a deputada federal Jéssica Sales (PMDB), o peemedebista chutou o balde na hora certa, no momento em que o dono da JBS denunciou que gravou Michel Temer dando aval para compra de silêncio de Eduardo Cunha, que recebia uma mesada na prisão para ficar calado.
Tem coisas que só acontecem no nosso querido Acre. Quem não lembra das peças publicitárias no ano de 2009, quando o então governador Binho Marques, do PT, anunciava a obra do novo Pronto Socorro de Rio Branco, como a mais colossal, fantástica, inimaginável, a verticalização da saúde, o melhor do Brasil – como tudo que os governos do PT do Acre fazem – um prédio que contava com várias UTIs, leitos que não acabavam mais, enfermarias a perder de vista, um heliporto, mas ficou faltando apenas um pequeno detalhe: um estacionamento para veículos que não voam.
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