Vamos à análise
Com o desgaste do atual Governo do seu irmão Tião Viana (PT), Jorge pode ter desvantagem nessa disputa interna. Agora, se não tem desgaste e é um Governo popular por favor me mostrem a pesquisa de um instituto serio. Terei prazer em corrigir minha avaliação. Estou me baseando naquilo que ouço nas ruas. Portanto, Jorge será associado diretamente ao atual Governo. Mesmo que muitas vezes tenha tentado se desvencilhar, apesar de ser o criador e o maior responsável por esse ciclo do petismo no Acre. Claro que ainda poderá haver uma reversão dessa tendência e o atual Governo decolar. Mas o momento não me parece favorável.
A hora do “novo”
Assim uma candidatura de um jovem, com a estrutura política da ALEAC na mão, trânsito em outros setores da política, que não é arrogante, será um sério risco para Jorge Viana. Sem falar que alguns setores dentro do próprio PT não morrem de amores por Jorge Viana. Pelo menos é isso que ouço nos bastidores.
Mais um complicador
O resultado das investigações da Lava Jato também pode abreviar o sonho de continuidade política de Jorge Viana. Se o seu nome estiver envolvido ficará difícil responder a um processo “pesado” e tocar uma campanha muito disputada. Mas se for inocentado sairá de herói e vítima. Terá sua reeleição praticamente garantida.
O fator Palocci
Segundo a delação de Marcelo Odebrecht quem intermediou as supostas verbas de campanha para o PT do Acre foi o ex-ministro Antônio Palocci. O interlocutor, segundo Marcelo, e que foi fartamente publicado na imprensa nacional, era o Jorge. Agora, Palocci fará a sua delação para a Justiça Federal. Pode confirmar ou desmentir a versão do ex-presidente da Odebrecht. Essa delação de Palocci será a chave para o futuro do senador acreano.
Prevenção
No Acre, como a gente nunca sabe qual será a reação de quem está acostumado a mandar, publico abaixo um trecho do que diz a matéria do G1 do dia 11 de abril de 2017. “Segundo o Ministério Público, o senador Jorge Viana pediu dinheiro para campanha eleitoral de seu irmão, Tião Viana, ao governo do Acre, em 2010. Os delatores disseram na delação da empreiteira que repassaram R$ 2 milhões à campanha de Tião Viana, sendo R$ 500 mil como doação oficial e os outros R$ 1,5 milhão como caixa 2. A Procuradoria Geral da União fez o pedido com base nas delações do ex-executivo da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas e do ex-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht.
O destino é quem decide
Esse caso do Acre poderá passar batido na delação de Palocci diante de objetivos maiores. Para promotores e juízes da Lava Jato o foco principal é o ex-presidente Lula (PT). O Acre poderá ser simplesmente ignorado e as afirmações do presidente da empreiteira caírem em esquecimento. Mas se isso não acontecer e houver a confirmação das acusações, game over.
Disputa “ferrenha”
Mesmo sem essas variantes não será fácil para ninguém vencer as eleições ao Senado no Acre. Nesse momento, não vejo favoritos nem no PT e nem na oposição. As coisas estão acontecendo com rapidez. O quadros e situações mudam um piscar de olhos. Nunca aquela frase do falecido ex-governador de Minas Magalhães Pinto foi tão verdadeira: “A política é como nuvens. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.
Não tem inocente
Pelo jeito que as coisas têm acontecido, não existe mais inocência nesse jogo político. Alguém bater a mão no peito e dizer que nunca bebeu dessa água lamacenta não existe mais. Está tudo dominado e a política contaminada.
Passado versus presente
Aquele bate boca de todas as eleições no Acre de “possíveis” corrupções do passado terão o contraponto dos acontecimentos recentes. As corrupções do presente terão mais força de destruição de reputações do que as do passado.
Errei feio
Na coluna anterior publiquei que o valor do Museu que o Governo do PT fará no antigo Colégio Meta custaria R$ 12 milhões. O líder do governo da ALEAC, deputado estadual Daniel Zen (PT) me corrigiu. Na realidade custará a bagatela de R$ 32 milhões. Também escrevi que se chamará Museu dos Povos da Floresta, o nome correto, será Museu dos Povos do Acre. Ainda que eu na minha “ignorância” pensasse que o Acre tivesse apenas um povo. Claro que querem se referir às etnias indígenas, aos seringueiros, etc e tal. Mas na minha “ignorância” de preferir as coisas vivas e pragmáticas continuo a achar que o Acre tem apenas um povo. A ideia de unidade e de integração me parece mais saudável para um Estado ainda jovem em formação. Mas, por favor, desculpem a minha “ignorância”.
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