A instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a participação de agentes públicos da Secretaria de Habitação e Interesse Social do governo do Acre, no esquema de venda ilegal de casas e fraude ao programa habitacional desenvolvido pelo governo do Acre foi autorizada pela Justiça há mais de 40 dias, mas até o momento não saiu do papel na Assembleia Legislativa do Acre.
Após a indicação dos nomes de Lourival Marques (PT), Jenilson Leite (PCdoB), Gerlen Diniz (PP), Heitor Júnior (PDT) e Eliane Sinhasique (PMDB) como os membros da comissão, o próximo passo que seria a escolha do presidente e relator da CPI não avançou, já que um dos membros escolhidos estaria passando por problemas de saúde e estaria impossibilitado de comparecer aos trabalhos da Casa do Povo.
Segundo informações de bastidores, os trabalhos não começaram porque o petista Lourival Marques (PT), que seria o presidente teve que viajar a São Paulo para tratamento médico de uma antiga cirurgia. Deverá ficar ausente 10 dias e somente após sua volta os trabalhos iniciam dentro do prazo. Mas nada que preocupe. Mesmo ausente da Casa, Marques foi indicado pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Deputados de oposição questionam a escolha de Marques, que já estava ausente dos trabalhos, já que o PT conta com uma bancada de cinco deputados estaduais e poderia apresentar um outro nome. Oposicionistas acreditam que a base governista estaria tentando um tipo de manobra para impedir o avanço dos trabalhos e a consequente convocação de pessoas ligadas ao governo petista para prestar esclarecimentos.
Questionado pela reportagem de ac24horas, o autor da proposta da CPI, o deputado Gerlen Diniz informou na noite de terça-feira (10), que os deputados do bloco de oposição vão procurar o presidente da Casa e solicitar o andamento dos trabalhos da comissão. “Por mim, já deveríamos ter começado há muito tempo. Mas amanhã (nesta quarta-feira, 10), vamos pressionar o presidente”, finaliza.