A paciência dos taxitas que fazem transporte intermunicipal de passageiros acabou. Representantes da categoria e profissionais do interior do Acre realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira (4) e ocuparam as galerias na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para pedir providências para coibir o que eles classificam como indústria de multas que está prejudicando a categoria.
Segundo o presidente do Sindicato dos taxistas de Epitaciolândia, Thalison de Andrade Marques, o direito de trabalhar está sendo tirado dos profissionais do interior. “Com a lei da Ageac está impossível trabalhar com tantas multas. Não podem pegar passageiros em casa. Se não comprovarmos que está circulando com a família em Rio Branco, nós somos multados”, destaca.
O sindicalista destaca os taxistas lotação não podem buscar seus em casa e nem às margens da BR. “Ainda querem implantar um bilhete de passagem que vai gerar mais impostos e gratuidade da mesma forma que é estabelecida para as empresas de ônibus. Querem que cedamos duas vagas de forma gratuita, mas não somos empresa para dispor de outras vagar para cobrir o custo”, enfatiza.
Thalison de Andrade afirma que “do jeito que tá muitos taxistas estão abandonando a profissão. Não temos condições de pagar tantos impostos. Não somos contra a regulamentação, mas junto com a regulamentação estão chegando leis que nos deixam sem poder trabalhar. Não podemos implantar bilhete de passagem porque gera custos extras”, afirma.
Para o taxista, é impossível trabalhar expedindo bilhete de passagem, já que muitos passageiros se negam a apresentar CPF e RG. Também não podemos conceder gratuidade para policiais, idosos e pessoas especiais. Nós queremos fiscalização dos clandestinos. Também queremos deixar claro que o sindicato de Rio Branco não nos representa”, ressalta Thalison de Andrade.
Os taxistas reivindicam que os deputados estaduais façam modificações na lei aprovada no Poder Legislativo para que os profissionais possam desempenhar suas funções sem as regras impostas que estariam prejudicando o transporte de passageiros nos taxi lotação. “Somos obrigados a pagar taxas, mas não temos o apoio em nada. Isso tem que mudar”, finaliza Thalison de Andrade.