A greve é um direito dos trabalhadores. Um instrumento democrático legítimo de transformação social. No entanto, a contaminação política dos movimentos sindicais tem gerado algumas aberrações prejudiciais aos próprios trabalhadores. Na véspera da Greve Geral convocada pelas centrais sindicais estava conversando com um amigo, que trabalha numa empresa terceirizada do Governo do Acre do PT, que me contou algo estarrecedor. Ele me disse que não iria trabalhar no dia seguinte porque o seu “chefe” disse que todos os funcionários tinham que fazer greve. Mais do que isso, o meu amigo estava “obrigado” a comparecer em frente ao Palácio Rio Branco para protestar contra as reformas trabalhistas e previdenciárias do Governo de Michel Temer (PMDB). Isso sob o risco de sofrer sanções caso não atendesse a convocação. Obviamente que não vou revelar o nome do meu amigo e nem da sua empresa porque ele iria perder o emprego imediatamente. Mas esse caso mostra uma relação estreita entre o jogo político e o sindicalismo que ao invés de ajudar prejudica os nossos trabalhadores.
Uma coisa é uma coisa
Se os trabalhadores brasileiros se sentem prejudicados pelas reformas têm todo o direito de protestarem e fazerem greve. Mas essa manipulação política partidária desgasta a credibilidade dos sindicatos como instituições representantes dos trabalhadores.
Outra coisa é outra coisa
Os sindicatos mudaram a lógica das suas organizações com o passar dos anos. Se vincularam a partidos políticos e a governos dos ditos partidos de esquerda. Às vezes, também a partidos de direita. Mudaram as suas prioridades. Isso foi um grande desastre para o movimento sindical e os legítimos direitos dos trabalhadores brasileiros.
Bagunça
Outro fator “desastroso”. Foram criadas dezenas de centrais sindicais. Cada uma delas ligadas ao partido A ou B. Pulverizaram a força de organização dos sindicatos. Em países evoluídos como a França existem apenas uma ou duas Centrais no máximo.
Oportunismo
Quem não acredita no que estou falando é só ver o grande número de políticos com mandatos que tiveram origem em sindicatos. Usam o movimento sindical como trampolim para alcançarem cargos eletivos. Manipulam os afiliados para chegarem ao poder e depois esquecem a origem.
A hora da mudança
Os trabalhadores brasileiros precisam se reorganizar. Criar sindicatos voltados exclusivamente para os direitos trabalhistas. Se não colocarem para fora das instituições os interesses políticos partidários correm o risco de ficarem na periferia das decisões importantes.
Poucas e boas
Precisam ainda restringir essas centrais criadas para defenderem interesses políticos. Uma central deve ser um organismo para unir e coordenar as ações dos sindicatos e não para levantar bandeiras políticas do partido A ou B.
Reforçando
Reafirmo ser absolutamente a favor do direito de greve e de organização dos trabalhadores. Isso é fundamental para a vida orgânica democrática do Brasil. Mas que os sindicatos passem por um processo necessário de descontaminação política partidária. Os interesses dos trabalhadores é a melhoria de direitos, das condições salariais e de produtividade e a dos partidos é simplesmente do poder.
Tiro na água
Essa pesquisa divulgada com intenções de votos nos candidatos ao Senado, no Acre, não representa absolutamente nada nesse momento. O jogo ainda está apenas num ensaio e com a “voracidade” da nossa política tudo pode mudar em um segundo.
A campanha é essencial
A minha impressão é que os pesquisados optaram pelos nomes mais conhecidos. Isso pode e irá mudar durante o transcorrer da campanha, em 2018. Portanto, entendo essa pesquisa apenas como uma sondagem para saber quem são os políticos acreanos mais conhecidos dos eleitores e mais nada.
A fumaça e o fogo
Me chegam informações de desentendimentos entre forças políticas na prefeitura de Rio Branco. Muita gente querendo mais e mais poder. Interesses partidários a flor da pele. Isso é um perigo para o prefeito Marcus Alexandre (PT).
Chutando o pau da barraca
Vou resumir o que penso. O Marcus é um candidato forte ao Governo estando ou não no PT. Mas se mudar de partido ficará ainda mais forte. Não acredito que irá aceitar ficar refém de uma legenda. Tem ainda mais de três anos de gestão e uma possível eleição majoritária em 2018, caso resolva ser candidato.
A melhor cor
Me contaram ainda que militantes do PT ficaram escabreados porque o Marcus apareceu numa convenção do partido com uma camisa amarela e não vermelha. Agora, eu pergunto: o que tem a ver uma cor de camisa com a responsabilidade da gestão de uma Capital? Ou mesmo a sua opção ideológica?
Questão de decisão
Acho que o prefeito deve decidir se quer trabalhar para a população de Rio Branco ou para um partido político. Tem que ver qual o caminho que deseja trilhar na sua carreira política. O Marcus ainda tem muito chão pela frente e se ficar atrelado a esse jogo miúdo da política partidária corre o risco de ter a sua carreira abreviada.
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