partir de hoje (26), os trabalhadores dos Correios entrarão em greve por tempo indeterminado. A ação, que terá início às 22h, toca nas ameaças de privatização e demissões em massa, além do fechamento de agências e o “desmonte fiscal” da empresa, de acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).
O desmonte fiscal dos Correios acontece por causa da diminuição do lucro devido a repasses ao governo e patrocínios. Segundo a Fentect, a estatal teve um prejuízo de R$ 2,1 bilhões em 2015 e R$ 2 bilhões em 2016. Por isso, no final do ano passado, o Correios anunciou um “plano de demissão voluntária” e o fechamento de diversas agências como contenção de custos.
A greve dos trabalhadores dos Correios chega em um momento perturbado no Brasil: outra greve, de caráter geral, está marcada para o dia 28 de abril. Enquanto isso, uma pesquisa da Ipsos mostra que 92% dos brasileiros acreditam que o Brasil está no rumo errado ; enquanto apenas 4% apoiam o governo do presidente Michel Temer.
“O que tem acontecido é um plano de desmonte próprio da empresa, atacando a própria qualidade e universalização do serviço. Faz parte de um projeto privado com interesse de entrar no mercado”, de acordo com Suzy Cristiny,
secretária de imprensa da Fentect. “Mais de 200 agências estão sendo fechadas por todo o Brasil. Com isso, muitos moradores do interior e das periferias vão ficar sem o atendimento bancário e postal dos Correios do Brasil”.
A paralisação dos Correios atinge diversos setores do mercado, entre eles, o ecommerce e as importações e exportações.
Fonte: Isto É