Essa é a famosa faca de dois gumes que pode condenar, mas também absolver. O ex-ministro Antônio Palocci se ofereceu para dar nomes e endereços ao juiz Sérgio Moro de quem se beneficiou por seu intermédio de “propinas” da Construtora Odebrecht. Por um lado, se Palocci confirmar, poderá complicar a situação do senador Jorge Viana (PT), que segundo Marcelo Odebrecht, pediu R$ 2 milhões para a campanha ao Governo do Acre de Tião Viana (PT) através da sua influência. Mas o depoimento do ex-ministro petista poderá também inocentar Jorge e Tião se na sua delação afirmar que nunca houve esse pedido e que nada foi doado para a campanha do Acre. Nesse caso, game over, não acredito que as investigações prossigam contra os dois irmãos petistas. Tudo vai depender dos próximos dias. Ou seja, o destino do futuro político das duas figuras mais proeminentes do PT acreano, nesse momento, está nas mãos de Palocci.
Fogo “amigo”
É a primeira vez que um petista estrelado se oferece a “dedurar” os companheiros. Não sei se o Palocci vai entregar realmente aquilo que prometeu ao Moro. Pode muito bem dar um depoimento “meia boca” que não comprometa ninguém. Mas a sua possível delação está causando “calafrios” em muitos petistas.
Foco fixo
Na minha opinião, o alvo principal dos investigadores da Lava Jato é o ex-presidente Lula (PT). Se a turma do Moro conseguir os indícios suficientes para prendê-lo não acredito que irão perseguir mais “os peixes pequenos”.
Questão política
Lula, apesar de todo o desgaste, ainda é um candidato forte à presidência da República. Não acredito que tenha 51% de votos para vencer, mas terá uma votação enorme se for candidato e, certamente, estará no segundo turno. A sensação é que querem “anulá-lo” antes de 2018.
Tiro pela culatra
Entendo ainda que se com todo esse esforço não conseguirem provar a culpa de Lula irão fortalece-lo para a próxima eleição. Mesmo que não vença, a sua liderança continuaria a ser muito representativa. Agora, se o transformarem numa vítima as suas chances aumentam consideravelmente. Eleitor adora vítimas.
Aguentando o tranco
O ex-ministro Palocci se mostrou, no seu depoimento ao Moro, colaborativo com a força tarefa da Lava Jato e chegou a afirmar ser necessária. Por outro lado, o ex-ministro José Dirceu tem aguentado o tranco em silêncio. Não entregou ninguém e amarga anos na cadeia em Curitiba numa lealdade admirável aos companheiros. Se contasse o que sabe ele já estaria em liberdade e outros na cadeia.
Renascimento das cinzas
A política brasileira está passando o seu pior momento. Praticamente todos os partidos envolvidos em “esquemas de corrupção” e “caixa 2”. A minha perspectiva é que as próximas eleições, sem o poder financeiro, possa eleger uma nova geração de políticos e renovar o Congresso Nacional.
Hipocrisia
Vamos falar a verdade. O caixa 2 fazia parte das eleições no Brasil “quase” de uma maneira “legal”. Com a reeleição quem estava no poder levava uma vantagem enorme sobre seus adversários. Afinal tinham mais poder de negociação com as empresas que alimentavam o ciclo vicioso.
Ideologia pessoal
Agora, o que me choca são alguns políticos supostamente ideológicos que pensavam mais em enriquecimento pessoal do que no bem estar da população. Acabaram com um projeto social e democrático do país que vinha dando certo desde Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Lula (PT) e colocaram em risco a democracia brasileira.
Nomes bons do Acre
Tem pelo três personagens que vivem na periferia da política acreana que poderiam ajudar muito no processo de mudança do Estado. O reitor Minoru Kimpara, o desembargador aposentado Arquilau de Castro Melo e o advogado Sanderson Moura. Não sei se entrarão na próxima disputa, mas os partidos deveriam procura-los.
Candidatura consolidada
Estive na semana passada acompanhando os trabalhos na ALEAC. O presidente da Casa, Ney Amorim (PT) é candidato certo ao Senado. A movimentação no seu entorno é de um concorrente a uma das vagas pela FPA. Acho até que se o PT criar alguma dificuldade ele poderá mudar de legenda para concorrer.
Dilema
O problema do PT é que com Ney e Jorge Viana concorrendo ao Senado o risco de aprofundamento dos problemas internos é enorme. Fica difícil num momento como esse o eleitor votar em dois candidatos do PT. Um dos dois pode ficar de fora. E a disputa interna será de arrepiar.
Admiração
O padre Massimo Lombardi tem se mostrado um fiel seguidor do Papa Francisco. Recentemente visitou os terreiros de religiões afro-brasileiras, em Rio Branco. Para resolver o impasse dos feriados do Dia do Evangélico e Católico, sugeriu a celebração de uma data para a diversidade religiosa. Mandou muito bem.
Renovação
Parece que o PC do B poderá lançar mais de um candidato a deputado federal em 2018. Um dos possíveis candidatos é a liderança da UJS, Francisco Panthio. Na realidade, o partido precisa sair da sombra do PT se quiser sobreviver no Acre.
Chapa forte
Se o PC do B lançar Perpétua Almeida (PC do B), Moisés Diniz (PC do B) e Jenilson Leite (PC do B) para deputado federal irá eleger um. Quem deverá decidir quem vai para o trono é o eleitor. Nada mais democrático do que isso.
Fundamentalismo de risco
Podem pensar que a política internacional não nos afeta. Mas não é bem assim. Elegeram o conservador Donald Trump nos Estados Unidos e a possibilidade de um conflito nuclear com a Coréia do Norte se torna cada vez mais real. Isso teria reflexos inimagináveis no mundo inteiro. Na França, Marine Le Pen nacionalista de extrema-direita, irá ao segundo turno e, se vencer, poderá gerar conflitos na Comunidade Europeia. A nossa civilização tem tido grandes avanços tecnológicos, mas na mesma proporção retrocessos sociais. A guerra campeia o planeta e se as coisas não mudarem teremos conflitos armados que poderão gerar milhões de mortos. Um perigo eminente para todos os seres humanos.
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