No documento apresentado na Casa, Juruna pede afastamento para “tratar de sua defesa”, conforme lhe faculta o artigo 32, inciso III, da Lei Orgânica do Município de Rio Branco. Ou seja, uma estratégia para ganhar tempo e se livrar de uma eventual cassação. Por estar afastado, o processo do parlamentar no Conselho de Ética da Câmara fica parado.
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Juruna responde na Justiça por crimes de corrupção ativa e tráfico de influência. Segundo acusação, ele teria recebido propina nas vendas ilegais de lotes do complexo de camelôs de Rio Branco.
O parlamentar chegou a ser preso provisoriamente em fevereiro, mas 48 horas depois obteve uma liminar favorável à sua soltura pelo Superior Tribunal de Justiça.
Antes da votação, colegas de parlamento de Juruna se manifestaram sobre a situação do parlamentar durante o grande expediente.
O oposicionista Nogueira Lima, do DEM, defendeu, da tribuna, o colega. “Só vou votar contra o Juruna quando esgotar todas as instâncias. Se ele tem o direito dele. Vamos dar o direito dele. O Juruna é um cidadão de bem, senhores.”
O relator do Conselho de Ética da Casa, Rodrigo Forneck, do PT, concordou com Lima. “Eu também sou a favor que se esgotem todos os direitos de qualquer cidadão. O que eu asseguro é que nós vamos sempre agir com justiça e sem pirotecnia.”