Bom dia! Boa tarde! Boa noite!
O radialista Cachorrão está decepcionado com os cardeais petistas do Acre. Ele afirma que fizeram uma verdadeira “cachorrada” com ele após as eleições municipais do ano passado. Cachorrão afirma que sempre defendeu os líderes petistas no seu programa na Rádio Ecoacre FM. Mesmo pagando R$ 5 mil pelo horário, levava o prefeito, secretários e o governador para entrevistas tudo na base do 0800. Endividado depois da derrota na disputa pelo mandato de vereador de Rio Branco, o ‘radialista do povão’ afirma que foi deixado de lado e ignorado pelo prefeito Marcus Viana (PT) e as principais figuras que intregam o primeiro escalão da administração Sebastião Viana.
“Eu vendi tudo que tinha para participar da eleição, quando pedi mais votos para o prefeito que para mim. Fui preso pela Polícia Federal no dia da eleição e provavelmente terei que cumprir uma pena de dois anos, comparecendo para assinar todos os meses, além de desembolsar mais dois salários mínimos. Vendi duas casas, uma no Ceará e outra no Acre. Vendi um Corolla 2013 e um Onix 2016, e hoje ando de ônibus e muitas vezes a pé. Sai da rádio devendo três meses. Tentei negociar com os líderes da FPA pelo menos o pagamento dos últimos três meses, já que não recebi ajuda durante a campanha, mas sempre batem a porta na minha cara”, diz Cachorrão.
Acuado, Cachorrão afirma que estaria disposto a revelar segredos cabeludos da última campanha da Frente Popular. Dizem que cachorro que ladra não morde, mas no caso que envolve Cachorrão, a mordida pode doer mais que o esperado. Ele diz saber da execução de alguns benefícios ilegais em propriedades particulares que podem causar estragos. “Não fui pirangueiro, nunca pedi nada para mim, sempre atendi interesses de eleitores da Frente Popular. A ingratidão foi tudo que recebi dos líderes desta coligação. Não tive ajuda na campanha e fiquei desamparado após o resultado das eleições. Ainda diziam que eram meus amigos”, reclama.
Conversa de bêbado na Lava Jato
Nesses tempos de grandes revelações nas investigações da Operação Lava Jato e dos discursos repetitivos da defesa dos acusados de receberam as generosas propinas da empresa Odebrecht, eu lembrei de episódios da aminha infância. Na época, tínhamos um vizinho alcoólatra. Sebastião Figueiredo, um gênio da matemática e mestre na língua portuguesa, que perdeu o encanto pelo mundo, a confiança nos políticos e afogava as mágoas diariamente na bebida. Um sujeito gente boa, não fazia mal a ninguém, ele apenas gostava de ter companhia para repetir insistentemente: “eu to bêbado e to enjoado”. Vindo de Sebastião Figueiredo, eu ouvia com prazer a mesma frase várias vezes, mas a desculpa de um texto só dos embebedados pela corrupção está ficando cansativa. Será que Marcelo Odebrecht inventou tudo?
Mesmo com doação legal da Odebrecht de R$ 500 mil ao PT do Acre, o governador Sebastião Viana (PT) tenta justificar que não recebeu propina, já que a empresa nunca realizou obra no Estado e, ‘portanto, sequer poderia ter aqui qualquer tipo de interesse escuso ou legal’ e afirmar que nunca se reuniu com nenhum executivo da empresa, tudo indica que para o petista a melhor defesa é o ataque. “Confio na Justiça, defenderei a minha honra com determinação e tomarei todas as medidas judiciais cabíveis contra os delatores da calúnia e os propagandistas da desonra. Indignado, mas de consciência tranquila, reafirmo: estou longe dessa podridão, essa podridão está longe de mim”. Estou na maior dúvida, vai levar processo quem falar dos R$ 500 mil legalizados pelo TSE ou pelo suposto caixa 2 de R$ 1,5 milhão?
Está batido o martelo. Vagner Sales é pré-candidato ao Senado pelo PMDB. Apesar de sempre dizer que estava cansado das disputas eleitorais, o Leão do Juruá volta ao tabuleiro político disposto a lutar por uma das cadeiras de senador da república, nas eleições 2018. Ele afirma que a apresentação de várias pré-candidaturas no bloco de oposição não é sinal de racha ou desunião, mas uma questão democrática. “A oposição não é a Frente Popular onde o PT decide quem é candidato ou não. Aqui, nós respeitamos o direito democrático de cada partido que não é trazido pelo beiço em troca de cargos, mas pela vontade de fazer a mudança e alternância de poder necessária. Respeito e jamais vou criticar qualquer um dos postulantes das oposições. Ganha-se uma eleição no voto, não difamando aliados políticos”.
“Candidato copa do mundo”
O deputado Major Rocha não gostou das declarações do o ex-deputado Márcio Bittar, que disse que o PSDB é um partido grande e que as decisões não partem apenas de uma pessoa quando se trata de definições de candidaturas. Bittar informou que seu nome estaria nas cabeças nas pesquisas para consumo interno e sonha em disputar a eleição para o Senado pelo ninho tucano. Rocha rebate: “o sistema do PSDB é presidencial, logo, as decisões passam também pelo presidente. Márcio Bittar é candidato copa do mundo, ele só aparece aqui de quatro em quatro anos. A pesquisa que ele está em primeiro lugar deve ter sido feita dentro da casa dele e nem lá ele tem a unanimidade”. Rocha também vem colocando seu nome como pré-candidato ao Senado. O líder tucano acredita que chegou a sua vez de encarar uma eleição majoritária.
O senador Sérgio Petecão foi motivo de muitas gozações de seus aliados na época que presidiu o PMN. Os amigos do político da cabeça avantajada diziam que ele carregava o partido numa pasta, que a sede do PMN era “debaixo do sovaco do Petecão”. Agora, com o PSD parece que as coisas mudaram e o senador 100% popular fez um curso para aprender a ser um bom dirigente partidário. Numa demonstração de força e organização, ele conseguiu reunir dirigentes das executivas municipais de todo o estado e parte da militância num evento que lotou a chácara Boi Cargão, localizada na BR 364, próximo a Embrapa onde reuniu quase mil lideranças de Rio Branco e interior do Estado. O evento contou com a participação dos prefeitos do partido, André Maia de Senador Guiomard e Marilete Vitorino de Tarauacá, além dos 19 vereadores eleitos em 2016 e o deputado estadual Jairo Carvalho. Mexe com o cabeção.
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