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De volta ao cenário político, Zé Carlos quer dar a volta por cima em 2018

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Da redação ac24horas

De volta ao cenário político, Zé Carlos quer dar a volta por cima em 2018: “Quero fazer a diferença”

O ex-deputado estadual Zé Carlos prepara uma estratégia para voltar ao cenário político em 2018. Aos 58 anos, pai de 8 filhos e contador de boas histórias, ele se coloca como pré-candidato a uma das 24 vagas da Assembleia Legislativa pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB).


Diferente da maioria dos políticos, Zé Carlos, em entrevista ao ac24horas, disse que quando foi deputado (entre 2007 e 2010), em vez de ficar rico, ficou pobre. Ele revela que ao buscar sua reeleição em 2010, apostava no trabalho que fez durante os anos no parlamento, quando ainda era deputado pelo PTN. Zé diz ainda que diferente de outros, mantêm a palavra até hoje, mesmo não tendo mandato.


“Eu confiei no trabalho que fiz. Foram muitos projetos. Eu andava o Acre inteiro. Enquanto os outros viajaram pra fora eu ia para tudo que era seringal na época que era deputado”, conta Zé

“Eu confiei no trabalho que fiz. Foram muitos projetos. Eu andava o Acre inteiro. Enquanto os outros viajaram pra fora eu ia para tudo que era seringal na época que era deputado. Desafio o ser humano a me desmentir se algum dia eu prometi uma agulha e não cumpri. Sou um dos poucos que tenho orgulho para falar isso. Tudo que saia da minha boca e do meu aperto de mão eu fazia de tudo para cumprir. Nunca deixei ninguém na mão enquanto fui parlamentar, honrei meu mandato. Fiquei sem mandato, sai sem nada, mas cumpri todos os meu compromissos”, disse o ex-deputado.


Zé Carlos revela que quando era deputado atendia em média cerca de 30 pessoas por dia. “Pessoas com os mais variados problemas. Não sabia dizer não para quem me pedisse algo. Eu me sentia bem fazendo, desburocratizando o que o Estado demorava meses, anos para fazer. Muitas vezes, resolvia problemas das pessoas apenas com um telefonema. Essa é a vantagem de você ter um mandato. Isso me fazia uma pessoa feliz, em saber que eu estava ajudando o próximo.”, revela.


“Quando eu saia da sessão da Aleac, os outros deputados iam todos embora, seus gabinetes ficavam fechados, e quando eu chegava no meu tinha aquela fila de pessoas precisando de apoio. Eu almoçava uma marmita por ali mesmo, mas não saia dali enquanto não atendesse o último. Eu tinha todo a atenção de atender a pessoa que ia lá, às vezes cansadas de bater nas portas de um e de outro. Eu não me arrependo de ter feito, mas digo que muitas vezes pessoas próximas falavam que eu tava acabando com tudo o que era meu para ajudar os outros. E foi isso que aconteceu mesmo. Mas eu resolvi problemas demais de muita gente. Quando as pessoas espalharam de boca em boca que eu resolvia as coisas, não parava de ter gente na minha porta. Gente do Acre inteiro. De Cruzeiro do Sul ao Jordão, Sena Madureira a Plácido de Castro, lugares esses que não eram o meu reduto eleitoral, mas fazia questão de atender todos sem discriminação”, enfatiza.



O ex-deputado revela ainda um momento cômico na carreira política: o fato de ter feito muitas coisas pela cidade de Santa Rosa do Purus e ter recebido apenas 29 votos. “Por exemplo, Lá em Santa Rosa do Purus, eu solicitei e consegui levar a Seaprof para lá que não tinha. Não tinha associação, viviam em torno da prefeitura. Consegui levar na época técnicos, motocicletas, barcos e tratores para implantar a agricultura lá. Atendi fortemente o pessoal de lá. Sabe quantos votos eu tive lá? 29. Isso mesmo, mas fazer o que? As pessoas me pediam, eu dava um jeito de atender. Eu sou assim e vou morrer assim. Eu lembro que certa vez o então deputado Gilberto Diniz gozou de mim, falando que nunca tinha pisado lá, f e obteve 50 votos”, diz.


Apesar de não ter sido reeleito, Zé afirma não se arrepender de ajudar as pessoas, pelo contrário. “Eu me sinto feliz. Desde que me entendo por gente, meu pai me ensinou que a coisa mais importante na face da terra é o ser humano. Não é poder , não é cargo, não é dinheiro. Tudo o que eu fiz, como deputado e até antes mesmo, como trabalhador, onde era lavador de ônibus e cheguei a ser diretor da empresa. A minha vida inteira eu sempre fui assim. mão aberta, tanto que sem mandato eu ando em qualquer lugar e sou querido pelas pessoas e isso não tem preço. Eu não arrependo de nada o que fiz porque fiz o que gosto: ajudar as pessoas. Eu não posso ter nada, mas tenho um nome. Pra mim isso é um orgulho”, afirma emocionado.


“Antes de politica, eu tinha umas cabeças de gado, mas terminei, não tinha mais nenhuma. Vi muita situação difícil. perdi a conta de quantas vezes dava um boi para que uma comunidade fizesse um bingo beneficente, para uma pessoa que precisava fazer um tratamento fora, coisa desse tipo. Eu não sabia e não sei dizer não. Tanto que cheguei para disputar a minha reeleição, eu cheguei sem recursos para andar nos municípios e no final acabei tendo 2.300 votos, menos 1.000 votos de quando me elegi em 2006. Mas eu deixo tudo nas mãos de Deus. A única coisa que não me conformo é eu ter um filé na minha mesa e saber que o filho do meu vizinho não tem um pão pra comer. Isso me incomoda muito e tento combater isso de todas as formas. Eu admiro qualquer político, independente de cor partidária, que ajuda os mais pobres”, confidência Zé que tem como alegria e passatempo tocar sanfona, pescar e receber amigos em sua chácara.


Ele revela ainda como era o seu relacionamento com o ex-governador BInho Marques. “O meu relacionamento com o governador Binho Marques era maravilhoso. Ele demonstrava ter uma admiração grande comigo. Sempre que ele tinha algum projeto novo, algo que ajudasse as pessoas, ele sempre me chamava para me apresentar as ideias dele. Ele sempre foi muito correto comigo. Hoje tem escolas em algumas comunidades isoladas devido o nosso trabalho. Quantas vezes eu fui chamado em um lugar, fotografava a situação e levava ao conhecimento do Binho. Não sou daqueles que tenta fazer estardalhaço na Assembleia, muito pelo contrário, tento resolver o problema. Sempre o Binho me ligava e garantia, e era verdade, que o problema seria resolvido. Em duas semanas, as vezes em 30 dias, a situação já havia sido arrumada e a comunidade ficava satisfeita”


Zé lembra ainda de seus principais projetos aprovados na Aleac com o apio do governo. “Os meus dois principais projetos aprovados foi a questão da construção das pontes de madeira e sobre a construção e manutenção de creches em parceria com a iniciativa privada. Tive na época todo o apoio nisso. Sempre que eu tinha uma ideia de projeto, antes de levar para Aleac, eu levava para o governador e dali, ele acionava alguns técnicos, e encorpava o projeto de lei. Essa questão hoje da venda co Carbono, onde o Acre foi o primeiro a criar isso, nasceu a partir de um anteprojeto meu, a chamada criação do Bolsa Florestania. Nós trabalhávamos em uma parceria”, explica.



Desde 2010, Zé Carlos não disputava um cargo eletivo e revela os motivos. “Eu me afastei da política nesse tempo porque da maneira que tava a política, não era o meu lugar, mas com tudo o que vem acontecendo no país, ainda vai chegar uma eleição que a gente vai disputar pelo o que a gente é e não pelo que a gente tem. Essa próxima agora já vai melhorar bastante, tanto é que eu estou sendo procurado por tanta gente que eu não esperava. É uma eleição mais curta, de 45 dias, que tem nome, quem tem popularidade, sai na frente. Estamos esperando apenas as definições da reforma política, com essa história de lista fechada, com esses caras que não tem vergonha na cara, aprontam e querem se esconder atrás de partido. Estamos se articulando para tentar viabilizar uma candidatura nossa”.


E nessa polêmica da Lista fechada, o ex-parlamentar conta ainda que tem muita admiração pelo Senador Paulo Paim (PT-RS). “Eu admiro muito Paulo Paim. Uma vez, em uma palestra aqui no Acre, ele disse que queria que a reforma política fosse pensada por intelectuais, por pessoas de fora da política, para que o projeto não nascesse viciado. Porque os políticos, em sua maioria, só fazem projetos para se beneficiar. A prova disso é essa tal de lista fechada”.


Categórico, Zé Carlos afirma que os governo da Frente Popular foram fundamentais para o desenvolvimento do Acre e revela um carinho especial pelo prefeito de Rio Branco, Marcus Viana. “Eu acho que muita coisa ainda precisa ser feita, mas nesses 20 anos de FPA no poder, foram mais benefícios para o Acre. O Estado mudou muito. Ficou organizado. Veja só, a crise atingiu vários Estados e aqui, reclame ou não, os salários dos servidores estão em dia. E por mais dificuldade que passamos, se nos esforçarmos, ainda conseguimos colocar o pão na mesa. Acredito que esse projeto ainda tem muita lenha para queimar. Tenho um carinho especial pelo Jorge, pelo Binho, pelo atual governador Tião Viana. Mas citando todas eles, não poderia deixar de falar do Marcus Alexandre, prefeito de Rio Branco, que sempre está a disposição. Nunca teve uma vez que eu liguei para ele, e logo depois ele não me desse o retorno. O Marcos é um dos políticos raros. Trata todos com igualdade e vejo nele um um futuro promissor. Precisamos de gente assim na política”, disse


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