O bem mais precioso de qualquer ser humano é a liberdade. O livre arbítrio é uma dádiva divina que diferencia a nossa espécie dos animais. O exercício do livre pensar e o agir com responsabilidade propiciam a evolução. O Brasil está passando um momento político delicado de grandes abalos institucionais que colocam constantemente em risco a nossa democracia. Mas o que mais preocupa é ver um movimento de forças conservadoras e fundamentalistas que anseiam pela volta de um regime de exceção. Essa tendência está crescendo embalada pela decepção popular com os nossos políticos envolvidos em escândalos de corrupção. Eu que vivi, ainda que criança e adolescente, os anos da Ditadura Militar no Brasil posso garantir que esse é o pior caminho que a nossa Nação poderá escolher para fazer as mudanças. Quando é constatado pelas mais recentes pesquisas eleitorais para 2018 que o pré-candidato ultra conservador, deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), já tem dois dígitos de intenções de votos o perigo do retrocesso é real. Durante a votação do impeachment da presidente Dilma (PT), na Câmara, ele deu vivas ao coronel Brilhante Ustra, um dos militares que comandou o AI5, uma lei que restringia severamente as liberdades individuais durante a Ditadura. Esse personagem, com quem Bolsonaro se identifica, foi um torturador de presos políticos. Será que é isso que os brasileiros querem? Alguém com poder para definir o quê pode e não pode ser feito? Um presidente para monitorar a sua liberdade? O golpe Militar de 31 de março de 1964 deixou um saldo de milhares de pessoas torturadas, exiladas, desaparecidas e mortas. Isso por pensarem diferente dos militares e desejarem exercer o sagrado direito à liberdade. Uma catástrofe humana sem precedentes na pacata Nação Brasileira. Famílias foram desagregadas e houve muito sofrimento para milhões de pessoas. Por isso, só posso atribuir à ignorância de quem não viveu naqueles tempos de chumbo o desejo de restabelecer uma ditadura no Brasil, seja de direita ou esquerda, militar ou mesmo judiciária.
Conservadorismo no Acre
Alguns políticos acreanos acham que seria melhor tirar de vez a floresta para pavimentar o Estado. Outros permitem a derrubada das matas em troca de algumas migalhas em dólares. Tem ainda aqueles que se pautam por questões morais como o aborto e as drogas. São sinais de um tempo obscuro que quer voltar. O pior que os conservadores estão na direita e na esquerda.
Tente beber e comer dinheiro
Quem não olha para o meio-ambiente como a nossa verdadeira casa está contribuindo com a extinção da espécie humana no planeta. Acham que poluindo a água e destruindo as florestas, em nome do desenvolvimento econômico, estão ajudando a sociedade. Mas de que adianta tanto dinheiro (para poucos) se chegarmos a um momento de não termos mais água para beber e nem alimentos saudáveis para comermos?
Processo desencadeado
Por isso, faço críticas ao PT que estava fazendo gestões na direção correta, mas que se deixou abalar por ambições pessoais. Caíram na tentação do enriquecimento e do poder pelo poder. Como se diz no Acre, acabaram dando cabimento ao retorno das forças conservadoras. Na verdade, perderam a pureza ideológica na tentativa de se perpetuarem no poder. Causaram um grande dano a todos os brasileiros.
Avanços e retrocessos
Considero que os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Lula (PT) tiveram como maior mérito a manutenção do estado democrático no Brasil. Mas, infelizmente, a presidente Dilma se perdeu e acabou entregando a Nação às incertezas que campeiam a nossa vida política.
Há perigo na esquina
Pior ainda é ver jovens entusiasmados com essa possibilidade da volta da Ditadura. Eles não viveram nesses tempos difíceis e se baseiam em fatos distorcidos por esses líderes do Caos. Mal sabem, que eles mesmo, poderão ser vítimas daquilo que desejam. Porque em regimes de exceção não há possibilidade de se pensar diferente ou de mudar o que se pensa. A pena do regime vigente é a morte.
Ainda há esperança
Concordo com o jornalista Élio Gaspari. Ele recentemente escreveu um artigo dizendo que o presidente Temer (PMDB) é o menor do males para o Brasil atravessar esse período de instabilidade para chegar às eleições livres e democráticas, em 2018.
Renascimento
A esquerda brasileira precisa refletir e promover transformações profundas na sua maneira de pensar. Ao mesmo tempo que o PT promoveu avanços sociais indiscutíveis acabou se enredando no jogo eleitoral para manter-se no poder e colocou em risco a nossa jovem democracia.
Projeção para 2018
Apesar de haver riscos, não acredito que os candidatos ultra conservadores irão vencer as próximas eleições presidenciais. Vejo três pré-candidatos que disputarão a presidência da República com chances reais de vitória, o prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), o ex-presidente Lula (PT) e Marina Silva(Rede). E pelo quadro político atual e os resquícios de todo esse processo de desvendamento da corrupção na política atual acho que o tucano deverá sair vencedor. Mas seja quem for o próximo presidente que as liberdades individuais e o livre pensar sejam preservados. Que os anos de chumbo, iniciados em 31 de março, permaneçam apenas como uma lembrança nos livros de história.
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