O ministro Gilmar Mendes definiu para a terça-feira, dia 4 de abril, o início do julgamento da ação que pode levar à cassação da chapa que elegeu Dilma Rousseff e Michel Temer. Na próxima semana, já há quatro sessões do TSE reservadas para o debate. A primeira ocorrerá na terça de manhã, e a seguinte, no mesmo dia à noite. Na sequência, os ministros se reunirão quarta e quinta-feira, também de manhã. O relator, Herman Benjamin, tem pressa. Ele gostaria de contar com o voto do também ministro Henrique Neves, cujo mandato na corte se encerra no dia 16. (Estadão)
Porém, há uma disputa em curso a respeito dos prazos dados por Benjamin para as alegações finais das defesas de Dilma e Temer. Segundo apuração do Poder 360, os advogados da ex-presidente dizem que Benjamin cometeu um erro técnico e devia ter lhes dado cinco dias. Deu dois. Como é um caso delicado, um debate sobre este aspecto técnico nascerá no plenário, o que pode adiar o julgamento para o final de abril. Há também pressão de vários lados sobre o tribunal para que se estique ao máximo o processo.
Elio Gaspari defende, hoje, que dado o fracasso das manifestações de domingo, o melhor caminho para o Brasil é seguir com Temer. Sem a pressão das ruas, o Congresso usará seus critérios muito particulares para escolher indiretamente alguém para o Planalto. “Atire a primeira pedra quem puder dizer que os parlamentares elegerão alguém que mereça mais confiança, mesmo que seja pouca a que se deposita no doutor. Indo-se um passo adiante: atire a segunda pedra quem for capaz de garantir que esse novo presidente respeitará o calendário eleitoral que prevê uma eleição presidencial para 2018.”