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Enfim, buracos vão sumindo da paisagem de Rio Branco

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Chuvas pesadas destruíram ruas mas Marcus Viana diz que “trabalho planejado e ação coordenada” está reduzindo buraqueira


As tantas e tantas ruas esburacadas em Rio Branco parecem que aos poucos vão voltando à normalidade, oferecendo um trânsito menos irritante e perigoso. Vários pontos, que foram motivo de críticas nas rodas de conversa e redes sociais, já não tem mais aquelas crateras. O ano de 2017 tem sido bem diferente no que diz respeito ao clima: segundo a Defesa Civil, chove quase que todos os dias em algum lugar da capital do Acre. O Rio Acre não oferece riscos mas o chuvaréu tem causado  muitos transtornos.


A esperança de serviços melhores seria no verão amazônico -dias e dias de sol forte – quando se abre uma estação de oportunidades para Rio Branco avançar na infraestrutura e recuperar os bairros, provendo soluções técnicas para zonas afetadas pela severidade das chuvas –e o que não falta é chuva ultimamente. A pressão foi tamanha que a Prefeitura fez das tripas coração para aumentar o número de operários nas operações tapa-buracos. “Aumentamos para oito as equipes nas ruas”, disse o prefeito Marcus Viana, que formalizou parcerias para poder constituir várias patrulhas. Como o Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (Deracre), por exemplo, que realiza tapa-buracos na região adjacente à Avenida Amadeo Barbosa, no Segundo Distrito. Os moradores da Travessa Coelho, a mais importante do bairro Santa Inês, acharam estranho homens e máquinas diferentes daqueles que estavam acostumados mas gostaram da novidade porque a situação, segundo eles, estava difícil.

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Já foram utilizadas mais de 5.000 toneladas de massa asfáltica desde o começo do ano nos chamados corredores de ônibus, que são as ruas e avenidas por onde passam os transportes coletivos, e nas vias estruturantes, que são as vias que ligam um bairro a outros.


Engenheiros consultados explicam que a água da chuva se infiltra nas rachaduras que são causadas pelo fluxo do trânsito e tira toda a sustentação do pavimento. Com o passar do tempo essas infiltrações transformam-se em buracos e até mesmo em crateras –algo  perigosíssimo para todos os usuários. Os veículos sofrem intenso desgaste e o mau humor toma conta das ruas.


Novos grupos agora somam-se às frentes de serviço de rotina e, segundo a diretoria da Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (EMURB) reafirmam o esforço de aproveitar cada minuto das poucos horas de sol neste inverno e fazer a cidade evoluir ao mesmo em que se reconstrói as áreas devastadas pelas chuvas. O paisagismo se junta à recuperação viária, além de serviços de limpeza e desobstrução de bueiras –é o que dizem os técnicos, sempre apresentando imagens para provar o que estão dizendo. “A gente enfrenta o rigor do inverno e seus impactos sobre a infraestrutura trabalhando com planejamento e ação coordenada”, afirmou Marcus Viana. Esse planejamento inclui um novo esforço econômico-financeiro já que, segundo o prefeito, foram utilizadas cerca de seis mil toneladas de asfalto somente para esse serviço desde o começo do ano. São aproximadamente 800 caçambas de asfalto utilizadas na manutenção viária somente nos primeiros meses de 2017.

Desde que Marcus Alexandre assumiu a Prefeitura, a EMURB desenvolve um intenso  ritmo de trabalho nas ruas e avenidas da capital mas as chuva deste ano, que já caíram cerca de 70% além do estimado para o ano inteiro, o que tem ofuscado várias dessas ações. A verdade é que o ac24horas foi conferir de perto e esteve no bairros e Regionais que nestes dias difíceis recebem ações desenvolvidas em parceria com o Governo do Estado –mas, repetindo, não tem sido fácil, segundo se constatou. As ruas de praticamente todos os bairros ficaram muito destruídas e o inverno rígido vem castigando mais duramente algumas regiões, como a Estrada da Floresta, que passou por reparos recentemente. Somado a isso, dizem os técnicos da EMURB, a crise econômica e o contingenciamento orçamentário “trazem desafios que parecem insuperáveis”.  “O povo não tem nada com isso. O pessoal que tá aí foi eleito para dar solução a esses problemas. Mas a gente tem de entender que tá chovendo muito mesmo”, disse um morador das proximidades da Estrada da Floresta.


E é isso que vem sendo feito: as intervenções incluem a pavimentação e recuperação de mais de sete quilômetros de ruas, a terraplanagem, calçadas, ampliação da rede de água e a drenagem pluvial, além de sinalização viária, iluminação, quadras de grama sintética cobertas e não cobertas, escadarias de acesso aos portos das catraias no Rio Acre, e paisagismo.


O prefeito Marcus Viana, que ao contrário de muitos gestores sempre atende a imprensa, por vezes repetiu que os dias não tem sido fáceis mas os esforços são sempre na direção de melhorar a cidade.


O valor dos investimentos com essas intervenções na cidade, diz a EMURB,  ultrapassa os R$ 3 milhões em recursos próprios somente neste início de ano, parte de um conjunto de ações articuladas com o objetivo de responder à crescente demanda por um sistema de mobilidade urbana, circulação e transporte de qualidade para o município –não antes sem enfrentar a questão dos buracos.

Lista na internet mostra local e responsável pelo serviço


Ainda há frentes de trabalho na região da  Sobral, na Estrada da Floresta no trecho entre a Rua Omar Sabino até a rotatória do Via Verde Shopping. Um trecho ainda crítico é a Via Verde, de competência do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit).


A Prefeitura faz a divulgação regular dos locais onde a EMURB está trabalhando em seu portal na Internet .Ali, constam o local, o tipo de serviço e o encarregado –então, se o cidadão quiser reclamar de alguma coisa o poder fazer diretamente ao responsável pelo trabalho. Como exemplo, na última quinta-feira, 30, as equipes pecorreram localidades como o Parque da Maternidade, Rua Quintino Bocaiúva, Rua Peru, Estrada da Invernada, consertaram buracos isolados em ruas do Centro; passaram pelo bairros José Augusto, Habitasa, Cerâmica nas Rua Uirapuru, Rua Angico, Ouricuri, Boa União, Rua 7 de Setembro, Rua General Vieira de Melo e outras.

Pedra cara e difícil, prefeitura diz que rachão ajuda


A alagação de proporções jamais vistas ocorridas em 2015 afetou seriamente quase 60 bairros, deixando um rastro de devastação que impõe à EMURB dois anos depois a um grande esforço para seguir reparando espaços e vias públicas em meio à crise econômica que assusta o País e às dificuldades orçamentárias impostas pela contenção de despesas. A isso se soma o impiedoso inverno deste ano e está completo o quadro de precariedade das vias de Rio Branco.


De modo geral, a percepção da comunidade é pela preservação do serviço que vem sendo feito –e, lógico, o de aproveitar ao máximo a estiagem e fazer o trabalho render. Para que o trabalho dure o máximo, a prefeitura exigiu criatividade dos engenheiros, que propuseram uso da brita número 4, ou pedra rachão, nas operações tapa-buracos. Já foram usadas algumas toneladas dessa pedra, o que, segundo os engenheiros, confere mais resistência ao serviço. Essa pedra vem de longe a um custo alto.

Engenheiro afirma que tem trabalhado de segunda a sábado dia e noite


Se os finais de semana são dias normais de trabalho à noite os serviços parecem não parar também. A EMURB explicou que à noite, quando o trânsito de veículos é menos movimentado, as ações são mais rápidas. “Não é algo barato mas tem de ser feito”, disse Edson Rigaud, diretor-presidente da EMURB.


Em resumo: o trabalho noturno causa menos congestionamento de veículos nos locais onde o serviço é executado. Para os moradores e comerciantes dos bairros atendidos, a operação tapa-buracos é uma solução para vários problemas. “Não houve uma semana que não trabalhamos de segunda a sábado em 2017”, completou Rigaud.


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