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PT, PSDB, PCdoB e PP do Acre receberam mais de R$ 2,6 milhões de frigoríficos

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As campanhas dos principais candidatos de partidos de situação e oposição que disputaram os cargos de governador e senador pelo Acre nas eleições 2014 contaram com doações milionárias de dois frigoríficos que estão sendo investigados na Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal. Juntos, JBS e BRF destinaram mais de R$ 2,6 milhões de doações eleitorais para PT, PSDB, PCdoB e PP.


Segundo levantamento do portal UOL, somente para a eleição de 2014, a JBS, a maior exportadora de carne bovina do mundo e dona da marca Friboi, doou 39,56% de todo o seu lucro líquido registrado em 2013, que foi de R$ 926,9 milhões. É como se, a cada R$ 100 de lucro, a JBS doasse R$ 39,5 para os caixas de campanhas de partidos e candidatos. O Acre não ficou de fora da divisão deste bolo.


O comitê financeiro da campanha de Sebastião Viana (PT), que foi candidato à reeleição ao governo do Acre em 2014, juntamente com os comitês financeiros dos candidatos a deputado federal e estadual receberam R$ 1.077 milhão de doações da JBS e BRF. A JBS doou 580 mil para campanha de Viana, enquanto a BRF repassou R$ 70 mil. O restante dos recursos seria para campanha proporcional.

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A comunista Perpétua Almeida (PCdoB), candidata ao senado na época recebeu R$ 349 mil de coações da JBS, recursos que de acordo com a prestação de contas no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi repassado pela direção nacional do PCdoB para a campanha de Perpétua, que foi derrotada por Gladson Cameli (PP), que também recebeu generosas doações da JBS, maior doadora de campanha do país.


Segundo os números disponibilizados no site do TSE, Gladson Cameli recebeu doação no valor de R$ 600 mil da JBS, dividido em três repasses, o primeiro de R$ 100 mil – o segundo de R$ 200 mil e o terceiro de R$ 300 mil no dia dois de setembro. O site destaca que os recursos foram repassados pela direção nacional do Partido Progressista para o comitê de campanha de Cameli no Estado.


O ex-deputado federal e candidato derrotado Márcio Bittar (PSDB), que integra o bloco de oposição ao PT não ficou de fora da divisão dos recursos da JBS e BRF. A JBS, a gigante da carne doou R$ 500 mil para campanha de Bittar. A BRF doou R$ 100 mil. Os recursos de doação dos dois frigoríficos para campanha de Márcio Bittar também foram repassados pela executiva nacional do ninho tucano.


As doações para Cameli e Bittar, candidatos de oposição, somam R$ 1,2 milhão. As empresas BRF – Brasil Foods S.A. e a JBS estariam sendo investigas pela PF por participar de um suposto esquema de propinas que permitia a distribuição de cargas adulteradas ou fora das normas de qualidade de carne, frango e embutidos de porco e aves, que seriam vendidas para o Brasil e para o exterior.


As empresas negam que tenham cometido qualquer tipo de irregularidade.


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