A cada lista que vaza para a imprensa de nomes das delações premiadas da Operação Lava Jato é um Deus nos acuda. A mais recente da Odebrecht não poupou nenhum partido. Tem gente do PT, PMDB e PSDB. Na realidade, todos que fizeram campanhas eleitorais correm o risco de parecerem em algum momento nessas famigeradas listas. Era um sistema em que as doações via caixa 2 eram consideradas “normais”. De alguma maneira isso fazia parte do jogo político brasileiro. Mas como pela iniciativa do Ministério Público Federal essas práticas passaram a ser investigadas e criminalizadas a coisa mudou. Teremos campanhas eleitorais mais pobres. Isso já se viu nas municipais de 2016. Também para o próximo pleito de 2018 um novo perfil de candidatos poderá surgir. Acredito que os eleitores irão se identificar mais com aqueles que não são profissionais, ou seja, que não fazem carreira na política pulando de um cargo para outro através das eleições e do poder econômico. Poderá ser um importante momento de mudança para a política brasileira e acreana. Homens que tenham uma biografia de vida relacionada à honestidade e às tarefas comuns terão destaque. Quem sabe teremos uma renovação considerável no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas e nos cargos de governadores e presidente da República. Não pensem que toda essa divulgação na mídia nacional de recorrentes casos de corrupção não terão reflexos no comportamento dos eleitores em 2018. Ficarão aqueles que tenham um passado limpo e que consigam passar uma mensagem de mudança. A verdade é que jogaram pra debaixo do tapete uma necessária Reforma Política. O atual sistema é o grande responsável pelas aberrações que vemos todos os dias publicadas na imprensa. Acho que é a hora de homens de bem assumirem a responsabilidade de tomarem o futuro do nosso país nas mãos.
Candidato forte
Logo que o atual prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB) ganhou a eleição escrevi que seria um forte candidato à presidência. As notícias têm confirmado essa tese. Alckmin (PSDB) vai se enrolar cada dia mais e restará aos tucanos a opção do jovem milionário acostumado com a mídia. Dória vai tentar passar a mensagem aos eleitores brasileiros que já é muito rico e não precisa roubar. Simples assim.
Aqui também
Nesse sentido, uma eventual candidatura do senador Gladson Cameli (PP) ao Governo do Acre terá um apelo semelhante. A sua família é uma das mais ricas da Amazônia e realmente não precisa da política. Aliás, acredito que o pai de Gladson, o empresário Eládio, adoraria que o jovem senador largasse a política para ajudar a cuidar dos negócios da família.
Uma coisa é uma coisa
Aparecer o nome do governador Tião Viana (PT) e do senador Jorge Viana (PT) na lista da Odebrecht não os condena. Nem mesmo o inquérito foi aberto ainda. Terá que passar muita água por debaixo da ponte até que se prove o recebimento de valores via caixa 2 em eleições no Acre.
Exagerado
Por isso, considero exageradas as manifestações de apoio aos irmãos Vianas. Não há nada ainda concreto. Esse processo vai se estender por muito tempo. Claro que sempre traz um desgaste político pela leitura antecipada que as pessoas fazem da divulgação dessas listas. Mas entre ser citado e se provar o crime existe uma distância enorme.
Crueldade do destino
Também entendo que o abalo para Tião e Jorge deve ter sido enorme. A divulgação dessa lista aconteceu na mídia nacional um dia depois de perderem o pai. O momento não poderia ser pior. Mas ninguém pode ser condenado antecipadamente. Melhor esperar o desfecho dessa história.
Indo bem
Observo três políticos de primeiro mandato que estão conseguindo se destacar na política acreana. O vereador da Capital Roberto Duarte (PMDB), o deputado estadual Jenilson Leite (PC do B) e o deputado federal Moisés Diniz (PC do B). Estão próximos à população e sabem ouvir. Isso é muito bom.
Bom aprendiz
O deputado estadual Luiz Gonzaga (PSDB), no seu terceiro mandato, também está indo muito bem. Se tornou muito mais ativo e próximo das suas bases eleitorais. Não acredito que deva ter dificuldade para se reeleger ou mesmo sonhar em dar um passo mais largo na sua carreira política.
Nas prefeituras
Acho que o Mazinho Serafim (PMDB) fará uma boa gestão em Sena Madureira. Tenho recebido uma infinidade de informações da sua assessoria sobre as ações do seu mandato. Capacidade não falta ao Mazinho que já provou a sua competência como empresário.
Tudo pela educação
Recentemente o deputado federal Flaviano Melo (PMDB) teve um encontro com o prefeito de Epitaciolândia, Tião Flores (PSB). Combinaram uma série de ações para impulsionar a educação municipal. Um investimento que sempre dá o retorno esperado às futuras gerações.
Índice macabro
Rio Branco registra mais de um assassinato por dia no mês de março. Para um lugar calmo é um número assustador. Se não tomarem medidas urgentes essa situação poderá se alastrar como epidemia e começar a fazer vítimas não só mais nas periferias da Capital. Matar se tornou algo banal no Acre.
A chave do problema
Muitas dessas morte poderiam ter sido evitadas se o atual Governo tivesse se alertado para a crescente onda de violência anteriormente. Deixaram as polícias sucateadas. Falta tudo, equipamentos, recursos como combustível, assistência psicológica aos agentes de segurança e, sobretudo, uma política mais humana com os profissionais das Polícias Militar e Civil. Isso quer dizer bons salários e condições de trabalho.
As coisa mudam
Acontece que o Acre sempre viveu de recursos públicos. Essa é a mola mestra da sua economia. E não há empregos públicos para quase um milhão de pessoas. Por outro lado, as condições urbanas melhoram bastante no Estado. Isso atraiu milhares de pessoas do campo. Faltou investirem mais na produção agrícola para manter as famílias nos seus lugares de origem. A mudança se deu durante o final do último mandato do governador Jorge Viana. As cidades começaram a inchar e os problemas sociais aumentaram. Esse é o tipo de problema que não se resolve com propaganda. É preciso ação forte e determinada. Agora, mesmo com milhões em caixa para investimento na segurança acredito que a cura da doença da violência será muito mais complicada.
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