A movimentação do tabuleiro político na Frente Popular com a apresentação da lista com Emylson Farias, Marcus Viana e Nazaré Araújo, como os principais nomes do PT para as eleições 2018 – poderá apressar a composição de alianças de partidos de oposição e legendas que integram a FPA. Destas negociações poderá sair a composição de uma chapa que disputará o governo do Acre, encabeçada por Gladson Cameli (PP) e tendo como candidato a vice-governador o deputado federal Alan Rick (PRB).
Alguns setores da oposição acreditam que a possível chapa majoritária de Gladson e Alan une o útil ao agradável, quando a questão é a densidade eleitoral. Cameli conta com a maioria do eleitorado do Vale do Juruá, já Alan Rick obteve 15 mil votos em Rio Branco na disputa pelo cargo de deputado federal, aparecendo com um dos parlamentares mais bem votados na capital. Sem contar que os dois principais grupos políticos sempre definiram suas chapas com políticos de Cruzeiro do sul e Rio Branco.
Oposicionistas analisam que, além de transitar bem nos dois blocos políticos, Alan Rick tem feito um mandato suprapartidário, ajudando as prefeituras dos 22 municípios acreanos e apresentado propostas que se destacam como medidas políticas de grande alcance social, como é o caso da emenda que garante inclusão de médicos brasileiros formados no exterior no Programa Mais Médicos e a atenção que vem dispensando ao destina emendas para construção e reformas de hospitais no Estado.
O debate da possível candidatura de vice-governador de Alan Rick vem ganhando força na oposicão. O presidente regional, José Bestene admite que tem conversado sobre o assunto, mas que as definições acontecerão no início do próximo ano. “Alan Rick é um bom nome. Muita gente tem aparecido querendo ser vice, mas isso é uma discussão que será mais pra frente. Tenho conversado com muita gente ligado ao deputado. O Gladson tem conversado com ele, mas tem que ter decisão política”, diz Bestene.
Segundo o dirigente partidário, para acontecer esta aliança, o PRB tem que se definir politicamente, se fica na Frente Popular ou integra o bloco de oposição ao PT. “O que me parece é que o PRB está no governo. O partido tem que ter uma decisão. Volto a repetir: Alan é um bom nome, agora como é que fica a relação política do deputado? Permanece na Frente? Vai fazer oposição? Tem que tomar uma decisão para vir para discussão com os demais partidos que apoiam o nome de Gladson”, enfatiza Bestene.
Para o dirigente regional do PP, “neste primeiro momento é preciso dialogar com todos os partidos que fazem parte do bloco de oposição. Só a partir de um consenso uma decisão seria tomada. “O senador Gladson Cameli tem conversado com Alan Rick, mas tem que ter decisão política. Ou lá ou cá. Como vamos convencer os partidos como vem há muito tempo na trincheira para aceitar uma candidatura de um partido sem uma decisão política firme e decisiva?”, questiona Bestene.
Procurado pela reportagem, o deputado federal Alan Rick (PRB) disse tem conversado com vários políticos, mas que está focado em seu mandado e sobre o futuro político, pensa apenas em sua reeleição. Questionado sobre o direcionamento político do PRB, ele afirma que a democracia de decisões tem sido uma marca registrada de sua passagem pela presidência do partido, já que o PRB apoiou diferente frentes políticas, como foi o caso do apoio ao PMDB em Cruzeiro do Sul e o PT na capital.
“O PRB hoje é um partido orgânico e independente. Não é um partido da Frente Popular. Estamos trabalhando o crescimento da legenda em todos os munícipios. Estamos garantindo espaço político com bastante trabalho, jamais com conchavos ou aluguel da sigla partidária. Nosso objetivo é fazer da política um instrumento de inclusão, união e desenvolvimento igualitário para nossas cidades. O debate político ficará para o próximo ano, mas quero continuar servindo ao povo do Acre”, destaca Alan Rick.