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Nabor Júnior, um exemplo político que virou raridade

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

Lendo a entrevista do Altino Machado com o ex-senador Nabor Junior (PMDB) é de se matutar como é difícil hoje achar alguém do seu porte ético, moral e de lisura na política acreana. No máximo se pinça um aqui e outro ali com o seu perfil. Nabor (foto) foi uma das figuras mais corretas que acompanhei como jornalista, nos seus mandatos de deputado, senador e governador. Cheguei a ser secretário de Comunicação nos últimos meses do seu governo. Nabor não tinha grupo político, por isso conseguiu ser aquela figura central que todos os dirigentes partidários ouviam quando era para se tomar uma decisão mais séria. Nabor Junior foi um líder político no sentido exato da palavra. É por falta de um alguém aglutinador, como ele, foi que a oposição acreana amargou uma derrota atrás da outra quando disputou o governo estadual, nas duas últimas décadas. Na sua merecida aposentadoria, em Brasília, o velho político deve assistir com pesar as brigas internas na oposição, por quem sempre lutou pela unidade.


Balão de ensaio
Não discuto a qualificação. Discuto a viabilidade política. Vejo como balão de ensaio o surgimento do nome do secretário Emylson Farias entre as opções ao governo pelo PT. Para ter chance até a um cargo proporcional teria que chegar em 2018, com a Segurança no azul.


Um nome de alta qualidade
É para se comemorar quando uma figura da mais alta qualificação resolve entrar na política, atividade tão desgastada e que perdeu a credibilidade, devido os maus políticos. A Lava-Jato é uma prova. A candidatura do desembargador aposentado Arquelau Melo ao Senado – não importa por qual partido – é algo que representa a boa política. Exatamente porque representa algo novo. O resto é com o eleitor. A candidatura Arquelau pode pegar vento.


Fazendo política
O deputado federal Léo Brito (PT) em todo feriado está no Acre, visitando as suas bases, principalmente, os municípios do Alto Acre. Léo vem costurando com acerto o figurino da sua reeleição. O fato de estar tendo um mandato ativo é um passaporte para buscar novo mandato.


A grande questão
Com a decisão do prefeito Marcus Alexandre- o nome mais em alta popular do PT – de cumprir o mandato até o último dia, foi criado um grande problema partidário. Não existe hoje dentro do PT alguém com uma liderança do porte do Marcus. É hoje mais popular que os dois Vianas.


Imagem positiva
O que coloca o prefeito Marcus Alexandre com uma imagem positiva acima das demais lideranças do PT é que, no mandato não virou marionete da cúpula partidária, forjou um perfil próprio de trabalhador e descolado da aura negativa do PT. E mantém postura independente.


Não pula na fogueira
O deputado Ney Amorim (PT), depois do prefeito Marcus Alexandre é o nome de mais cacife político para o governo, mas sabiamente não quer tentar um vôo mais alto antes de ver os resultados das pesquisas. É novo, mas é prudente, em não querer pular numa fogueira sem ver antes o tamanho da labareda.


Nazaré Araújo
A nossa doce, bela e recatada vice-governadora Nazaré Araújo teria de entrar num projeto que dê mais visibilidade política ao seu nome. E não se viu por parte do PT, nenhuma mobilidade. Suas aparições representando o governo não têm a divulgação de quem aspira algo maior. Por isso acho que não está nos planos do PT para a disputa do governo.


Eleição difícil
Não tem eleição ganha por antecipação. Mas desde a formação da FPA, nunca o PT teve um adversário tão forte e popular para o governo do que o senador Gladson Cameli (PP), com o agravante de ter conseguido a sua candidatura ser unanimidade dentro da oposição.


Tese solitária
O advogado Valdir Perazzo insiste na sua tese de que a oposição deve ter dois candidatos ao governo, sendo na sua visão Gladson Cameli e Tião Bocalon, que nas suas contas chegariam ao segundo turno. É uma tese liberal solitária que, não conseguiu ter aliados, nem dentro da oposição. Pode-se não se concordar, mas deve merecer respeito.


Fora do roteiro
Pelo que tenho ouvido do ex-deputado federal Márcio Bittar (PSDB) é perda de tempo, um segmento da oposição, colocar o seu nome para deputado federal, o que ele descarta de forma definitiva. Todo seu projeto é voltado para a disputa do Senado.


Aonde querem chegar?
É a discussão mais estéril que podia ocorrer é esta da oposição se engalfinhar na rede social discutindo de forma dura quem é mais oposicionista que o outro. Com toda a desgraceira da imagem do PT, o partido não está morto, no Acre, única capital em que elegeu um prefeito. As lideranças da oposição atentem para o fato de que não tem eleição ganha de véspera.


Ocupando espaços
Quem ocupou bem os espaços na rede social neste carnaval foi a publicitária Charlene Lima, inclinada em disputar um mandato de deputada estadual em 2018. Deu visibilidade à imagem.


Seleção natural
As diversas rodadas de pesquisas que acontecerão até o meado do próximo ano é que darão um perfil da aceitação dos candidatos ao Senado pela oposição, seis já se colocaram como opções, atuando como uma espécie de seleção natural. Fora isso não espere um consenso.


Não remará contra correnteza
O candidato ao Senado que aparecer mal nas pesquisas não vai querer levar o seu nome até a campanha, isso é natural, e esta máxima deve valer para todos que postulam hoje uma candidatura. O postulante ao Senado que aparecer na rabeira das pesquisas só tende a desistir.


Único fator que o demoverá
O ex-prefeito Tião Bocalon, um dos que postulam disputar o Senado pela oposição, tem dito que vai levar a sua candidatura independente do que pensem os aliados e só será demovido da idéia se as pesquisas apontarem que o seu nome não está tendo a aceitação do eleitorado.


Segunda roda
A coligação PSD-PSDB deverá realizar a segunda rodada de conversas numa reunião com os filiados de Sena Madureira, em data a ser marcada. Esta aliança foi um acerto do senador Sérgio Petecão (PSD) e do deputado federal Major Rocha (PSDB). Tião Bocalon (DEM) pode ser o próximo a levar o partido para esta aliança. Seria bom para ele. Está pregando só.


Nome na manga
O grupo do PRB que engloba o vereador Manoel Marcos e a deputada Juliana Rodrigues tem como meta principal a reeleição da parlamentar, mas, também pode ter candidato a deputado federal, já teria dois nomes na manga. O grupo não apóia a reeleição de Alan Rick a Federal.


Um partido que encolheu
O PRB é um partido que deu uma bela de uma encolhida na última eleição. Antes da disputa municipal tinha nove vereadores no interior e hoje só tem um. A eleição do vereador Manoel Marcos (PRB) não teve o apoio do deputado federal Alan Rick (PRB).


Nome mais fraco
Um amigo do PT me revelou numa conversa informal que, o segundo nome para o Senado deve ser de alguém dentro da FPA que não ameace a reeleição do senador Jorge Viana (PT). “A nossa aposta é que a oposição lance mais de duas candidaturas ao Senado, o que nos ajudaria”, completou.


Indo bem
Tranquilo, seguindo o Regimento Interno, o presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, Manoel Marcos (PRB), tem se conduzindo bem neste início alvoroçado desta legislatura.


Correndo contra o tempo
O ex-deputado federal Márcio Bittar (PSDB) tem corrido contra o tempo na busca de fazer filiados para disputar vagas de deputado estadual pelo SOLIDARIEDADE, presidido pela sua mulher Márcia Bittar. O partido só existia no nome, no Acre, e está começando do zero.


Esqueçam esta idéia
Esqueçam a idéia que, os dois nomes para disputar o Senado pela oposição saiam de um consenso entre os postulantes, isso é tão factível quanto eu ser chamado para atacante da seleção brasileira. Cada um deles tem o ego inflamado e as suas razões.


Parece não querer ganhar
O PT só chegou ao poder quando o Jorge Viana fez aliança com opositores. A aliança com o ex-governador Orleir Cameli foi um exemplo. Enquanto o PT persistiu em sair só perdeu todas. A oposição parece não querer ganhar, ao ficar querendo teste de fidelidade para novas adesões.


Caricatura do passado
Sempre passo o carnaval fora. Este ano é que passei por aqui. Pude observar que os blocos tradicionais que ainda vão às ruas são uma caricatura do que eram no passado. Em animação, fantasia e de brincantes. Aliás, uma triste caricatura! Quem os viu e quem os vê hoje!


Regime democrático
O anúncio do médico Carlos Beirute de que colocou o seu nome para a disputa do Senado deve ser encarado como uma decisão democrática. Na sua visão, quem não tem condição de colocar uma campanha na rua em todo o estado não pode aspirar ser candidato a senador.


Quanto mais cabra……
Carlos Beirute condena as críticas ao fato de mais de cinco políticos terem já anunciado candidaturas ao Senado: “a democracia permite a pluralidade de candidaturas. Quem tem que decidir quem quer para ser o seu senador é o eleitor e não os dirigentes partidários”.


Acabou o carnaval
Para os prefeitos que promoveram festas de carnavais em seus municípios e também para os que não promoveram é chegada a hora da realidade, da coleta do lixo, tapar os buracos, manter o estoque de medicamentos nos Postos de Saúde, roçar o matagal das laterais das ruas, enfim, o serviço básico que a população precisa. Estão caminhando para o segundo mês de mandato. No final do terceiro mês já se terá uma noção do prefeito que pode decolara sua administração dos que estão no mandato apenas para cumprir tabelas. Até não chegar aos 100 dias os prefeitos não podem sofrer críticas pela gestão por pouco tempo no comando. Depois deste prazo as cobranças virão naturalmente, porque daí em diante: não caberão as desculpas.


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Luis Carlos Moreira Jorge

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