O aumento dos servidores públicos com data base em 2017 é um ponto pacífico na Assembleia Legislativa do Estado (Aleac), com todos os deputados apoiando as propostas de Lei enviadas pelo governo do Estado. Contudo, o aumento da alíquota do sistema de previdência do Estado, este gerido pela Acreprevidência, foi duramente criticado.
Para o deputado Gehlen Diniz (PP), dentro das medidas enviadas pelo governo para o aumento dos servidores estão as “pegadinhas”: “Eles querem parcelar os aumentos, os quais nada mais são que a reposição das perdas, mas a inflação vai comer por ser tudo em várias parcelas. E tem a pegadinha do aumento da previdência, a qual desde já me manifesto contra. Dá com uma mão e tira com a outra”.
Já o deputado Nélson Sales, destacou que o rombo nas contas da previdência estadual foi aprovado pela Aleac e apoiou as medidas prometidas por alguns sindicatos de mostrarem a cara de quem votar à favor do aumento de 11 para 14% dos salários dos servidores: “Tem mesmo de mostrar a cara do deputado que votar à favor disso”.
Sales destacou ser o governo é o responsável e deve se buscar uma saída sem atacar o servidor: “O rombo é do Estado, não importando quem causou, pois o governo não é a pessoa do governador. O Estado não é obrigado a aderir ao reescalonamento da dívida proposto pelo governo federal. Se o acre está crescendo como dizem, tem outros caminhos além de punir os servidores”.
A sessão foi suspensa após o pequeno expediente para um acerto entre a presidência da Aleac e os deputados, para agilizar a tramitação das matérias. A expectativa é votar todos os projetos ainda nesta quarta-feira (22).
Já se encontram na Aleac os Projetos de Lei para os aumentos, estando faltando apenas detalhes para os médicos (Área de Saúde), Técnicos Agrícolas e Agentes Penitenciários. Da mesma forma, também já está em análise o aumento da contribuição da previdência por parte de todos os servidores, passando de 11% para 14%.