Representantes do PSD, DEM, PSDB e até do PMDB participaram de um debate preparatório para a união dos partidos em torno de uma candidatura única para 2018
Um grupo de mais de 200 pessoas passou pela centro comunitário da cidade de Brasileia para ouvir dois dos principais expoentes políticos do Estado, o deputado federal Major Rocha (PSDB) e o Senador Sérgio Petecão (PSD). Os dois parlamentares estão em busca da união entre os diversos grupos políticos oposicionistas e realizando reuniões ampliadas para debater o tema com os demais líderes locais.
Além dos dois parlamentares federais, a reunião contou com a presença dos prefeitos de Senador Guiomard, André maia (PSD), Assis Brasil, Antonio Barboza “Zum”, e de Plácido de Castro, Gedeon Sousa Barros, estes do PSDB. O presidente do Democratas (DEM), Tião Bocalon também esteve no evento, assim como os deputados estaduais Luís Gonzaga (PSDB), Antônio Pedro (DEM) e Jairo Carvalho (PSD) e vereadores de todos os municípios do Vale do Acre, desde Assis Brasil até Porto Acre.
O encontro foi aberto pelo Senador Petecão, o qual ressaltou as parcerias dos dois partidos e a importante surpresa do DEM de Tião Bocalom, uma pessoa considerada de muita importância para a oposição. “Esse é um momento de ouvirmos os nossos parceiros no interior”, salientou o senador.
Petecão destacou ainda o fato de não estarem reunidos contra qualquer partido, mas apenas para construir um parceria entre as agremiações. Ele agradeceu a todos e em especial aos membros do PSD.
Rocha promete projeto construído pelas bases
O deputado Rocha abriu sua fala destacando que uma vitória não se constrói “sem um exército, sem um time, e o nosso exército está aqui”, afirmou. Ele destacou ainda o fato de um projeto não poder “ser definido entre quatro paredes e poucas pessoas, mas sim em encontros abertos como este daqui”.
Rocha disse ser o encontro apenas o primeiro de muitas reuniões a serem feitas por todo o Estado e convidou a todos a participarem: “Vamos andar o Acre todo ouvindo as pessoas e construindo a unidade. Pretendemos principalmente fortalecer as pessoas que vão para as ruas pedir os votos com os quais venceremos as eleições em 2018”.
O parlamentar ressaltou o fato da discussão não ouvir apenas os lideres locais, mas principalmente as bases e diretamente nas próprias comunidades: “Este time certamente será vitorioso em 2018, com um novo horizonte e um futuro real. Não termos mais essa mentira entregue pelo PT e pela Frente Popular”.
Bocalon admite abrir mão do senado
O presidente do DEM, Tião Bocalon, ressaltou ser o projeto do grupo dele construir uma oposição forte e ganhar governo e senado, elegendo a maioria dos deputados: “Todos são importantes. Temos nomes fortes, mas temos de discutir as demais vagas. Coloquei meu nome para senado, mas se tiver nome outro melhor aceito ser candidato a deputado federal”.
Bocalon disse ter sido sempre uma pessoa de projetos e assumido candidaturas difíceis: “Sempre procurei trabalhar projetos coletivos. Se tiver uma ou duas candidaturas tanto faz, mas este é o momento para as oposições atuarem com um projeto comum. Nosso estado precisa de um projeto de desenvolvimento ou vamos continuar nessa miséria do atual modelo que só serve a uma panelinha do PT, o nosso adversário em comum.
Unificar para derrotar o mal comum
Os discursos dos demais presentes foram todos no sentido de unificar a oposição e respeitar a vontade do povo, principalmente de aceitar os indicados por eles e com os maiores índices de aceitação. Alguns destacaram a importância da oposição começar cedo a caminhada para derrubar o governo do PT.
Outros líderes ressaltaram que, se todos abraçarem a mesma causa e unirem o discurso, é possível vencer as próximas eleições. Para outros, os petistas já estão sentindo o cheiro da derrota. Em outro momento do evento, o tema foi acabar com ditadura do medo e dá perseguição.
Pelo fim do “vianismo petista”
Um representante do PMDB cobrou a apresentação de um plano de governo, classificando como verdadeiro projeto da oposição, ressaltando ser preciso uma candidatura única desde o primeiro turno, pois duas deixam sequelas passíveis de serem usadas pelo governo do PT. Para alguns dos presentes, duas candidaturas não cabem no projeto de combate ao “vianismo petista”.
Por outro lado, alguns dos oradores cobraram o fato de algumas pessoas sequer morarem no Acre e ainda pretenderem comandar o processo eleitoral, enquanto outro líder local relembrou algumas derrotas eleitorais por conta das vaidades de pessoas.
Oposição unida e respeito mútuo
Da mesma forma, alguns discursantes lembraram que sem união, não tem futuro, chamando a atenção para o fato da emoção não poder ser maior que a razão, devendo ser respeitado o momento de cada um e a avaliação popular.
A discussão foi encerrada com a consciência de que todos os partidos precisam estarem em pé de igualdade nas conversas e que precisa haver um projeto técnico e político: “É a hora de fazermos a nossa parte. Sonho com uma oposição unida e com todos os partidos respeitados”, finalizou o deputado Rocha.