A antecipação da disputa ao Senado poderá gerar uma situação muito delicada para o PSDB acreano. Segundo informações que recebi o ex-deputado Márcio Bittar entregou ao diretório nacional do partido um dossiê a respeito do comportamento político do deputado federal Major Rocha (PSDB). Uma das supostas acusações seria a simpatia ou aproximação do presidente tucano no Acre com o PT, entre outras coisas. Essa história já vem desde o tempo das eleições municipais de 2016 quando Rocha aceitou conversar, naquela ocasião, com o PSB de Cruzeiro do Sul para tentar uma conversão das candidaturas de Henrique Afonso (PSDB) e Carla Brito (PSB). A argumentação, naquele momento, é que o PSB integrava a base de oposição ao Governo Dilma (PT), antes de cair. Mas a realidade é que toda essa rede de intriga tem por trás a vaga para a disputa do Senado pelo PSDB. Bittar e Rocha querem ser os candidatos do partido. Mas com vantagem para o deputado federal que é o presidente da legenda e está no mandato. Sem falar que tem o diretório regional acreano nas mãos. O fato é que o desentendimento entre os dois está causando grande desgaste para os tucanos. Resta saber quem ainda apoia Bittar. O deputado estadual Luiz Gonzaga (PSDB) é 100% Rocha. A grande maioria dos diretórios municipais também. Na Capital os filiados me parecem estar mais em sintonia com o parlamentar com mandato. Na minha opinião, o PSDB deveria fechar as suas portas internas e lavar a roupa suja para resolver a situação. O fato é que a legenda não comporta mais Rocha e Bittar. Um dos dois vai ter que encontrar um novo rumo para seguir com a carreira política.
Os padrinhos de cada um
Bittar é amigo pessoal do senador Aécio Neves (PSDB) e Rocha tem uma boa ligação com o governador de São Paulo, Geraldo Alkmin (PSDB). Nesse momento, qual dos dois padrinhos têm mais força no ninho tucano nacional?
Ataques via imprensa
A briga entre os dois tucanos deixou de ser velada há muito tempo. Utilizam os meios de comunicação e as redes sociais para mandarem “petardos” um contra o outro. Quem perde com isso? Essa pergunta tem que ser respondida internamente no PSDB. Ou deixam de se fustigarem publicamente ou levarão o partido para o buraco.
Plano B
Se tem alguém que será candidato ao Senado em quaisquer circunstância é o Márcio Bittar. Tem a sua esposa Márcia Bittar como presidente regional do Solidariedade. Se não conseguir impor sua candidatura no PSDB já tem um plano B na agulha. E se na sua eventual saída deixar o PSDB desgastado? Quem é que perde com isso? A campanha já começou e ainda não perceberam.
A hora das comparações
Existe uma maneira muito simples dos tucanos saberem quem é mais importante para a legenda, Bittar ou Rocha. É só fazer uma comparação entre os mandatos de federais dos dois. Aliás, já passou do momento de Bittar prestar contas do que fez em Brasília por quatro anos como representante dos acreanos. Quanto conseguiu alocar de emendas aos municípios e ao Estado. Quantos projetos foram apresentados e até mesmo quantos acreanos trabalharam no seu gabinete.
Sem cores partidárias
Rocha me disse que tem colocado emendas para todos os municípios, inclusive, aos governados pelos petistas. Existe alguma coisa demais nisso? Rocha está destinando recursos às legendas ou as populações que vivem nesses municípios?
Política velha
Esse ódio ideológico não tem cabimento. É muita conversa política girando em torno do próprio umbigo dos nossos representantes. Tem que se olhar para as pessoas e não para partidos. Isso deve acontecer no momento das eleições em que cada um irá apresentar suas propostas.
Acorda Gladson
Ou o senador Gladson Cameli (PP) interfere sutilmente nessa questão interna do PSDB que poderá ser seu aliado ou terá mais um adversário em 2018. Aliás, fico curioso para saber quem Gladson acha que seria mais útil para a sua futura coligação, o Rocha ou o Bittar?
Delicadeza
Essa situação é um teste antecipado para Cameli. Não acho que deva interferir diretamente na questão interna do PSDB. Mas pode procurar ser um mediador entre essas duas lideranças. Gladson conhece muito bem o Bittar. Ou será que já se esqueceu da coligação que teve com ele em 2014, Governo e Senado?
Fogo amigo
O Rocha é uma metralhadora giratória. Se estiver contra Gladson nas próximas eleições poderá desgastar a imagem do jovem político acreano. Em Cruzeiro do Sul, em 2016, já se viu que o presidente tucano não joga leve quando provocado.
Grupo formado
Se o Bocalom (DEM) realmente aderir ao grupo do PSDB de Rocha terão uma chapa majoritária formada. Rocha para o Governo e Sergio Petecão (PSD) e Bocalom (DEM) para o Senado. As coisas ficarão quentes na oposição com dois grupos representativos se digladiando.
Assistindo de camarote
Enquanto isso, os pretendentes petistas ao Governo e ao Senado devem estar comemorando mais uma divisão da oposição. Com quatro candidatos ao Senado poderão sonhar com as duas vagas. Ou não? Jorge Viana (PT) e Ney Amorim (PT), trocando de partido, são adversários fortes em quaisquer circunstância.
Questão óbvia
Não vivemos o bipartidarismo no Brasil. Então é natural que hajam mais de duas candidaturas ao Governo e várias ao Senado. Mas essa “guerra” pública interessa a quem mesmo? Se alinhem com quem queiram, mas parem de se desgastarem. Ou as mais recentes eleições no Acre não serviram de lição?
Falta de juízo
Quando terminou a eleição de 2014 a oposição deveria ter se reunido para avaliar e decidir sobre 2016, não fizeram. Agora, acabou a disputa municipal e ainda não se reuniram. Ficam mandando recados pela imprensa e se instigando num redemoinho de discórdias sem fim.
A hora da decisão
Na minha opinião, essa questão entre o Rocha e o Bittar tem que ter um fim. Obviamente que os dois não cabem no mesmo partido. São adversários declarados. Bittar já tem um outro partido nas mãos e ainda tenta mais aliados. Rocha por sua vez detém um mandato e a presidência do PSDB do Acre. Que cada um encontre paz para fazer política do seu jeito, longe um do outro, e sejam felizes para sempre.
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