O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), vem conduzindo diversas ações para punir seus membros e desmantelar organizações criminosas que atuam no estado. Desde o início de 2017, já ocorreram três importantes desdobramentos que reforçam a atuação do MPAC no combate ao crime organizado.
A Operação Avalanche, deflagrada em agosto do ano passado, prendeu diversos acusados de participação na organização criminosa “Bonde dos Treze”. Por meio do Gaeco, o MPAC ofereceu, em setembro do mesmo ano, denúncia contra 26 dos investigados. Os réus foram denunciados como incursos nas penas do art. 2º, § 2º, e § 4º, incisos I e IV da Lei nº 12.850/2013, por promover, constituir, financiar ou integrar organização criminosa, com agravamento das penas por uso de arma de fogo, participação de criança ou adolescente e conexão com outras organizações criminosas independentes.
No final de janeiro, o juiz da Vara Criminal da Comarca de Bujari, Manoel Simões Pedroga, proferiu a primeira sentença condenatória relativa à operação, contra seis dos réus, que confessaram seus crimes. Eles foram condenados com penas que variam entre 5 a 7 anos de reclusão.
Também em janeiro, no dia 17, o Gaeco ofereceu denúncia contra 29 acusados de envolvimento em facções criminosas – PCC, Comando Vermelho e Bonde dos 13 – e participação em atentados ocorridos em Rio Branco e no interior do estado, presos durante a “Operação Hidra”, conduzida pela Polícia Federal.
As acusações incluem a participação em tráfico de drogas, associação para o tráfico, furto, roubo, receptação, porte ilegal de arma de fogo e comércio de armas.
Operação Sintonia
Ainda no começo do ano, foi realizada, junto a 1ª Vara Criminal de Rio Branco, a instrução processual de 111 acusados de integrar o PCC. Eles foram presos durante a Operação Sintonia, deflagrada em setembro de 2016 pela Polícia Civil em conjunto com o Gaeco.
A investigação, realizada pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Decco), com o apoio do Gaeco, descortinou intrincada rede de atuação do Primeiro Comando da Capital – PCC no Estado do Acre e identificou seus líderes, além de apreender quase cem mil reais em dinheiro oriundo dos crimes praticados pela facção.
“O processo irá agora para a fase de alegações finais e esperamos uma sentença rápida e dura contra essa organização criminosa”, destaca o promotor de Justiça Bernardo Fiterman.
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