Enquanto a capital acreana enfrenta uma nova onda de ataques, provavelmente orquestrados pelas facções criminosas que agem dentro dos presídios, os Agentes Penitenciários deram um exemplo de comprometimento e dobraram a segurança no Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde (FOC) nesta quarta-feira (15), durante a visita íntima dos presos. Em um dia normal de visitas são cerca de 80 agentes, distribuídos entre a parte interna e externa.
Orientados pelos sindicato e pela associação da categoria, que entendeu se um momento de contribuir para a sociedade, cerca de 80 agentes penitenciários se deslocaram voluntariamente para o FOC e aumentaram a segurança na unidade, tanto na parte interna como na parte interna, dobrando o contingente interna e externamente.
O reforço também vai auxiliar na revista das visitantes, dificultando a entrada de produtos proibidos quando da entrada das companheiras dos presos para a visita íntima.
“Nós entendemos ser um momento de darmos nossa contribuição para o Estado e abrimos mão de nossa folga para aumentar segurança. Como o FOC é a maior unidade prisional do Estado, vamos reforçar a segurança para evitarmos qualquer ato violento”, afirmou Jose Janes, presidente da Associação dos Agepens.
A atitude dos agepens vem no momento em que a categoria está em uma dura negociação com os representantes do governo do Estado. “Nós entendemos a nossa responsabilidade e agimos prontamente quando for necessário, independente de convocação. Esperamos do governo do Estado o reconhecimento de nossas necessidades e o tratamento recíproco”, afirmou Janes.
Em uma assembleia geral ocorrida na noite da última sexta-feira (10), cerca de 400 agentes decidiram por uma paralisação no próximo dia 16 de março caso a proposta enviada pelo governo não satisfaça os interesses da categoria. O governo assumiu o compromisso de enviar a contraproposta até o dia 15 de março.