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Você sabe fazer sua própria comida?

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Eu sei, mas não sou uma pessoa que vive na cozinha. Sofro com alergia a produtos industrializados como amaciantes de carnes, corantes, além de não comer queijo e derivados de leite de vaca em geral, entre outras coisinhas. Isso limita muito o que posso e não posso comer e me obrigou a fazer o básico para não morrer de fome. Se você acha esse papo chato, deixa eu te dizer uma coisa: fazer sua própria comida estar na moda. Todo mundo quer ser master chef.


COMIDA DE RUA
Amo de paixão. Quêbe de arroz, tacacá, sanduíche, cachorro-quente saltenha (meu Deus, a do lado dos Correios é quase suprema de tão boa!!). E bribote que presta não presta. Engorda, aumenta o colesterol, os triglicerídeos e o peso na consciência. Precisamos ter moderação na hora de comer o que é bom, mas não é saudável. De novo o caminho é a cozinha de casa.

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COMIDA DE FESTA
Sou aquela pessoa que sempre vai jantares ou festa minimamente alimentada quando não sabe qual vai ser o cardápio do encontro. Sou aquela pessoa que em lugares estranhos sai olhando a comida para ver se tem queijo, presunto (quase todos têm), camarão (como amamos comida com camarão, Jeová me ajude!). Por isso, em situações assim sou moderada. Faço festa quando tem risoto de tucupi e um peixinho ou filé sem molho gorgonzola (pra quê colocar queijo em tudo, meu pai?)


Tashka Peshaho Yawanawa, autografa o livro Vakehu Shenipahu – Contos Infantis Yawanawa, no Café Íris Tavares, na última sexta-feira. O lançamento, aliás, foi um grande sucesso. Parabéns Joaquim!!


TÁ LIBERADO
Agora, se vou a um churrasco na casa de amigos que sei que não usam amaciante de carne, em chá de bebê que os pratos foram todos feitos por amigos (ou seja, feitos em casa, sem muita mistura ou produtos industrializados), como foi o caso do último sábado, aí me acabo de comer. E engordo. Mas não fico com peso na consciência. Comi sabendo que estava enfiando o pé na jaca e não ia precisar tomar antialérgico no dia seguinte. Me diz se não é uma maravilha?


BORA PRA COZINHA
Mas como o assunto hoje é faça-você-mesmo, quero te incentivar a cozinhar. A fazer pratos básicos. Gente, a internet tem receita de tudo e com passo-a-passo no YouTube. Gasta-se tempo, claro, mas garantimos boa saúde e qualidade de vida. Isso não vale se você for fazer uma lasanha com dois quilos de queijo e presunto, molho branco e gratinada com provolone. Aí não funciona.


Ex-governador Binho Marques posa com uma das suas grandes paixões: a pintura. O quadro de fundo foi ele que pintou


SALADAS
Acredite, há mistérios na salada. Sabe porque você não gosta? Porque não se envolve. Veja bem. Tomate, pepino e alface não pode entrar na categoria salada. É ruim e a você enjoa no segundo dia. Agora se você une à alface, rúcula, agrião, umas fatias de manga, abacate, tomate cereja, cenoura crua em lasquinhas pequenas (a baby é ótima também), um queijo branco (no meu caso, quando consigo queijo de cabra uso), umas duas azeitonas para não precisar usar sal, folhinhas de manjericão ou hortelã, um molho de mostarda com mel e azeite, iogurte natural com hortelã ou apenas azeite com limão, fica uma delícia.  E vai variando os ingredientes que tem em casa, fica uma delícia. Uma dica importante: quanto mais cor mais sabor e mais nutrientes. Vai me dizer que não consegue? Claro que consegue.


Amigas de longas datas, Antônia Gadelha, Zaquisley, Kathleen Macloren, Aldeíza e nossa ex-miss Acre Risoleta Queiroz, se reuniram no final de semana em Sena Madureira


FRANGO OU CARNE
Uma saladinha dessas com um frango grelhado que você pode temperar com sal (nem precisa ser rosa do Himalaia), limão, um pouco de alho e salsa, completa o almoço ou jantar, te deixa saciado e com saúde.  Assim como você varia os ingredientes da salada, varie também na proteína. Temos peixe e carne de primeiríssima linha no Acre. Vai me dizer que não consegue? Claro que consegue. E nem precisa ter cara de dieta. Tem cara de saudável.



ÚLTIMA DICA
Se você não vive sem sobremesa, vale uma fruta, uma gelatina (é uma delícia!) e uma vez por semana um pedacinho daquele bolo de chocolate que você ama. Se fizer em casa, ele vai ter manteiga e não quilos de óleo, farinha de trigo integral e cacau ou chocolate meio amargo. Gostoso e saudável (palavra do dia!). Ah, troque aquele copão de refrigerante por um chá ou suco de frutas naturais. Aposto que você vai gostar. Experimenta.


Eliwanda Marreiro, aproveitou o final de janeiro para conhecer, ao lado do filho e amigos, os encantos do Peru e da região de Cuzco


SEM RADICALISMOS
Veja bem caro leitor, não sou a rainha da cocada. Também não me alimento do jeito que gostaria, mas me esforço e me viro para viver bem e melhor. Não abra mão do seu feijão, troque o arroz branco pelo integral e leve marmita pro trabalho. Também tá na moda.


TUCUMÃ I
Mudando de assunto e ficando no mesmo, sou fã e sorvete e picolé de jaca. Amo mais que chocolate. Os veganos agora estão fazendo moqueca, strogonoff e até picadinho de jaca. Gosto de todo jeito, mas na semana passada fui com a Alex Machado na sorveteria Chaummas do Mercado do Bosque pedi meu habitual picolé de jaca e descobri que eles têm no cardápio picolé de Tucumã.


TUCUMÃ II
Juro que quase desmaiei de felicidade. Gosto mais de tucumã do que de jaca, mas há anos não encontro tucumã por aqui. No máximo consigo r quando vou a Sena e foi uma alegria descobrir que lá no Chaummas tem frequentemente. E uma tristeza saber que eles importam o tucumã, uma vez que ninguém produz no Acre.


ERA UMA VEZ
Uma das coisas que me faz odiar o desmatamento é isso. Acabam com as coisas boas da nossa floresta, das nossas memórias alimentares, das nossas tradições. Tucumã tinha em todo canto por aqui na década de 1980. Temos um bairro e um parque com esse nome, mas não temos um pé de tucumã para desfrutarmos o sabor desse coquinho maravilhoso, que agora faz parte do Acre antigo. Tá quase virando lenda urbana.


IMPORTADORES
Também detesto essa economia que se resume ao pasto de boi, madeira em tora (raramente em prancha, quanto mais ser beneficiada aqui mesmo) e começa a dar os primeiros passos com o peixe e o frango, não investe nos produtos da nossa floresta com alto valor de mercado – nacional e internacional – e nos obriga a importar leite, feijão, arroz, frutas e verduras básicas, goma de tapioca e até tucumã. Me sinto envergonhada por pagar R$ 11 no quilo de um abacate que vem se São Paulo, quando poderíamos ter o nosso abacate caboclo para todos no mercado. Mas não temos. E assim caminha o nosso desenvolvimento.


HÁ ESPERANÇAS
Mas nem tudo está perdido. No meu bairro tem uma feirinha todos os sábados. Começou tímida, com poucos produtos, mas agora já tem muitas opções. E tudo da agricultura familiar das pequenas colônias ali da estrada do barro vermelho. Sábado meu vizinho comprou goiaba. Saborosa e que gera renda para a família que a produz. Já conseguimos comprar ovos caipira com mais facilidade, além do bom e velho pé-de-moleque e goma fresca para a tapioca do café da manhã que pão engorda e vira açúcar, diariamente no mercado. Nem tudo está perdido.



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