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A farra do FIES: avaliações revelam a péssima educação

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As avaliações feitas pelo SAEB, IDEB e PISA revelam a péssima qualidade da nossa educação pública.


Até meados dos anos 1990, o desafio do nosso sistema de educação pública era garantir o acesso as salas de aulas de todas as nossas crianças em idade escolar, particularmente, aos filhos das famílias de baixa renda, sabidamente, uma responsabilidade do poder público.


Àquela época, houvesse escassez de vagas, embora o nosso ensino básico não fosse de oba qualidade, era bem melhor que àquele que passou a ser oferecido a partir do momento em que o MEC-Ministério da Educação e as secretarias estaduais e municipais conseguiram zerar a quantidade de alunos fora das salas de aulas.

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Se zerado, quantitativamente, qualitativamente, a nossa educação pública, lamentavelmente só piorou, sobretudo, se comparado com a educação ofertada pelos demais países. Quem diz isto é o próprio MEC, através das avaliações realizadas pelo SAEB-Sistema de Avaliação da Educação Básica, pelo IDEB-Índice de Desenvolvimento da Educação Básica e pelo insuspeito PISA-Programa Internacional de Avaliação de Alunos, esse por sua vez, elaborado sob a responsabilidade pela OCDE-Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Nas avaliações do PISA, invariavelmente, o nosso ensino público aparece como um dos piores do mundo, pior até, que o de vários países do nosso continente latino-americano. Nada mais decepcionante!


Ora, se a nossa educação básica é de péssima qualidade, como se justificar o crescimento exponencial do número de alunos que passaram a freqüentar as nossas escolas de nível superior, sobretudo, as nossas faculdades particulares? Resposta: só, e somente, por causa da dinheirama do FIES e a apropriação indevida, irresponsável e até criminosos por parte das faculdades particulares, em sua grande maioria, certamente, atraídas pelos bilhões de reais que o FIES lhes propiciaria.


Jamais o MEC deveria ter delegado as próprias faculdades particulares a seleção dos alunos a serem financiados pelo FIES. Imperdoável omissão! Ora, nunca devemos deve entregar um galinheiro para as raposas tomarem de conta, be comparando-se, foi justamente o que fez o MEC quando deixou por conta, e sem riscos, das faculdades particulares a arregimentação dos seus próprios alunos, ou mais precisamente, de suas clientelas. Resultado: em menos de seis anos, mais de R$-50,00 bilhões já foram torrados, enquanto isto, os resultados do FIES não poderiam ser mais desastrosos, ou seja, portanto, não justificaria seu custo/benefício.


À propósito, desde que fora instituído, as faculdades particulares, feito uma praga, passaram a proliferar, a maioria delas, desprovidas das mínimas condições para oferecer os ensinamentos que se espera de uma faculdade.


De mais a mais, o FIES estabeleceu uma verdadeira guerra comercial entre as faculdades particulares, todas elas em busca de alunos, ou melhor, de clientes, e para piorar, seus os alunos eram admitidos através de vestibulares do tipo “faz de conta” ou através de históricos escolares fajutos.


Se, via FIES, o MEC pretendia fazer uma revolução na nossa educação pública, em dando prioridade ao ensino superior, o resultado não poderia ser outra, até porque, tudo que começa mal termina mal. Até porque, o edifício de uma boa educação, necessariamente, começa pelo ensino fundamental e básico.


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