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Médicos estariam trabalhando em regime de “escravidão”; Saúde se defende

A falta de profissionais especialistas em pediatria tem causado muito dor de cabeça para médicos, representantes da categoria e Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre). Agora, o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed) diz que vai processar os diretores da Maternidade de Cruzeiro do Sul por prática de negligência e assédio moral.



Segundo o órgão representativo, apenas uma médica estaria fazendo os atendimentos na unidade de saúde desde a noite de sábado, sendo impedida de largar o plantão na manhã de domingo, 22, porque não havia outro médico disponível para substituí-la. Além disso, ela teria sido assediada e pressionada pelos chefes para ficar na unidade atendendo.


A situação se agravou ainda mais quando o Sindicato decidiu verificar as escalas de plantão e lá perceberam que a médica, já em atendimentos, estaria novamente de plantão nesta segunda, dia 24, fazendo-a trabalhar mais que o permitido por lei. Em nota, a Sesacre negou as denúncias e se defendeu alegando falta de profissionais pediatras.


“Em momento algum, porém, a Sesacre excedeu cargas horárias ou desrespeitou profissionais da Maternidade do Juruá”, muito pelo contrário, diz, “a Sesacre solicitou apoio, por tratar-se de uma situação atípica”, mas a “ gerência da unidade foi surpreendida com atestado médico de umas das profissionais”. E conclui: “em momento algum houve qualquer tipo de ameaça”.


Ainda segundo Sindicato dos Médicos, a Secretaria de Saúde do Acre estaria praticando “escravidão moderna”, situação na qual os profissionais estão obrigados a trabalhar sem o mínimo de condições. Outra denúncia feita pela instituição dá conta que os gerentes da maternidade “desapareceram”. Sobre isso, porém, a Sesacre não se posicionou.


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