Uma encomenda normal, cuja sigla nos Correios é “PAC”, pode levar mais de um mês para chegar ao município de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. A demora decorre do processo de sucateamento da estrutura da estatal em todo o Brasil. Da capital até o município, o transporte dessa encomenda tem levado, em média, sete dias.
Segundo o gerente dos Correios de Cruzeiro do Sul, Airton Pessoa, os atrasos se dão devido ao processo de licitação de serviços de carga feito pela agência acreana. Desde o início de dezembro, quando expirou o contrato antigo, os Correios têm mantido apenas duas remessas de correspondência para o município – uma às segundas-feiras e outra às quintas. Esse contingenciamento deverá acabar no final de fevereiro.
Mas como a BR-364 se encontra em situação precária, ela contribui para o atraso nos serviços. Os caminhões que saem na segunda e na quinta de Rio Branco só conseguem chegar ao município na terça e sexta-feira, respectivamente.
“Quanto à distribuição que fazemos aqui, não encontramos dificuldades”, afirma Pessoa.
De acordo com ele, há 15 funcionários lidando todos os dias com a distribuição da correspondência, sendo que 14 deles nas ruas. Eles trabalham com uma média de seis mil correspondências diárias.