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Unidade de saúde de Cruzeiro do Sul fica sem médico e secretário de Saúde culpa o governo federal

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O posto de saúde Pastor João Braz, no bairro João Alves, ficou o mês de dezembro de 2016 e parte de janeiro deste ano sem atendimento médico. Os pacientes que procuram a unidade são informados de que uma das médicas está em férias e a outra, integrante do programa Mais Médicos, do governo federal, deixou de atender após expirado o prazo de sua contratação.


Segundo o coordenador do posto, Francisco Sávio Lauriano, os serviços de atendimento aos pacientes deverão ser normalizados nesta quarta-feira, 11, com o retorno da profissional das férias. Ele assegurou que com isso haverá pelo menos 16 consultas diárias no local.

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Em relação à reposição da segunda médica que atende no João Braz, o secretário interino de Saúde de Cruzeiro do Sul, Júlio Martins, disse à reportagem do ac24horas que o trâmite burocrático para as contratações do programa levam, em média, entre 30 a 60 dias.


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“Outra dificuldade que enfrentamos aqui é a demanda reprimida de outros locais, como Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Tarauacá, Feijó e até de Guajará e Ipixuna [no Amazonas]”, disse Júlio Martins, que deixa o cargo nesta terça-feira.


Ele afirma ainda que um levantamento recente feito sobre 480 exames de ultrassonografia revelou que 35% delas foram destinadas a moradores de outros municípios.


Sem repasse
Martins prevê ainda que uma das piores dificuldades que Cruzeiro do Sul deverá continuar enfrentando em 2017 será em relação à distribuição de medicamentos.


“Com o Mais Médicos, o governo federal disponibilizou mais profissionais para atender a população, o que aumenta a demanda por exames e medicamentos, mas manteve os repasses nos patamares antigos”, se queixou.


De acordo com Júlio Martins, o governo do Estado também não cumpre a obrigação constitucional de repassar verbas do programa Farmácia Básica. Mensalmente, a prefeitura de Cruzeiro do Sul tem direito a R$ 22 mil para a compra de remédios.


“No ano passado não houve repasse. Reclamamos, e o governo prometeu pagar os meses relativos a 2016 em quatro parcelas. O ano terminou e o dinheiro não veio”, lamenta.


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