Acre abre licitação para serviço de bloqueio de radiocomunicadores no presídio Francisco de Oliveira Conde

Por
Da redação ac24horas

Finalmente uma ação mais efetiva poderá acontecer no sistema de segurança pública do Estado do Acre. O diário oficial desta segunda-feira (9) divulga processo licitatório para o serviço de bloqueio de sinais radiocomunicadores – BSR no presídio Francisco de Oliveira Conde.


Segundo o aviso de licitação, o meio de solução deve abranger recursos logísticos e infraestrutura necessária para o perfeito funcionamento do bloqueio nas dependências do maior presídio do Acre.


A medida acontece após quase vinte anos de gestão da Frente Popular do Acre nos presídios do estado, foi o que reparou o ex-presidente do sindicato dos agentes penitenciários, Adriano Marques em postagem feita nas redes sociais. A contratação do serviço é anunciada no momento mais agudo da crise do sistema penitenciária em toda a Amazônia.


Para as autoridades do sistema público de segurança não restam dúvidas de que as ações de incêndio a prédios e bens públicos, homicídios e outros delitos tem sido coordenado de dentro da FOC, onde líderes de facções criminosas coordenam as ações via telefone celular. A extrema fragilidade no controle das unidades prisionais parece ter sido reconhecida.


De acordo com o que a reportagem apurou, em todo o Brasil, 65% das penitenciárias do não têm detectores de metais nem aparelhos para o bloquear o sinal de celulares, inclusive, o Complexo Penitenciário Anísio Jobim, no Amazonas, onde aconteceu uma das maiores rebeliões dos últimos anos com 56 detentos mortos numa guerra entre facções.


O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou que mais de 3 mil scanners serão instalados nos presídios brasileiros, a partir do lançamento do Plano Nacional de Segurança Pública.


Para José Janes, presidente da Associação e Sindicato dos Agente Penitenciários do Acre, a medida é muito boa, mas o estado precisa investir no ser humano e nas condições de trabalho dos agentes, que ameaçam uma grande paralisação após visita ao ministro da Justiça.


“Tem dificuldades para sentar, o secretário Emylson Farias quer estar somente na mídia, não negocia com os agentes” afirmou Janes.


Compartilhe
Por
Da redação ac24horas