O supervisor do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) no Acre, Thiago Caetano, resolveu quebrar o silêncio com relação aos contratos feitos pelo governo do estado através do Deracre e os termos de entregas dos trechos da BR 364 que vem sendo alvo de muitas críticas pelas redes sociais e parlamentares ligados ao Palácio Rio Branco que fazem, segundo o engenheiro, uma verdadeira inversão de valores quando o assunto é manutenção da BR 364 que liga Rio Branco à Cruzeiro do Sul tentando repassar a culpa pelo caos atual para o governo federal.
“É preciso deixar mais uma vez claro que a condição atual da rodovia é uma herança dos serviços que foram executados sob a gestão do governo do Estado que só repassou a obra para o DNIT em 2015 com diversos trechos transformados em verdadeiros atoleiros e pontos de rompimento que tiveram de ser resolvidos às pressas”, comentou.
De acordo com Caetano, o maior problema enfrentado no inverno deste ano está entre os trechos de Jurupari e Feijó, extensão que segundo o órgão foi o último entregue pelo governador quando se esgotaram as tratativas no sentido de manutenção que não vinha sendo feita pelo Deracre e nenhuma empresa contratada.
“Quando assumimos esse trecho já se encontrava em condições caóticas sem muito o que ser feito. Se hoje a população está revoltada é porque vendeu-se uma imagem de obra concluída sem isso nunca ter saído do papel” acrescentou o supervisor.
Caetano lembra que em função dessa propaganda enganosa feita pelo governo levou a empresários da cidade de Cruzeiro do Sul a venderem as balsas que transportavam produtos pelos rios, promovendo mais um transtorno no setor de abastecimento da população do Juruá.
“Tanto é que essa obra nunca foi concluída que pouco tempo depois de receber a rodovia iniciamos projetos para que ela seja reconstruída projeto que nós estamos trabalhando intensamente para garantir recursos junto com a bancada federal em Brasília” desabafou.
Curto prazo – colocar contratos de manutenção é uma das ações de planejamento de curto prazo feito pelo DNIT com o objetivo de evitar o fechamento da rodovia. Caetano destaca que além dessa ação emergencial, os técnicos vem se desdobrando para entregar em fevereiro deste ano o projeto de reconstrução da rodovia para ser licitado.
“Apesar de não ser o projeto definitivo vamos conseguir manter a rodovia com pleno tráfego até que se inicie a reconstrução. E o melhor, faremos isso sem jogar dinheiro fora, mas de forma técnica e transparência, a população precisa ter calma e confiar que vamos resolver todos os problemas”, destacou o supervisor.
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