Nenhuma eleição de mesa diretora foi tão conturbada que a da Câmara Municipal de Plácido de Castro, com confusões e até intervenção judicial. Os vereadores do PP e PR formaram um bloco com o PT para fazer a presidência. O PSDB do prefeito Gedeon Barros teve que compor com o PCdoB para contrapor, lhe dando a presidência. O vereador do PP foi à justiça e conseguiu impugnar a candidatura comunista, alegando ter sido inscrita em duas chapas. O PCdoB manteve a composição com o PSDB, o que permitiu ao prefeito Gedeon (foto) fazer a presidência da mesa, transformando uma certa derrota política na primeira vitória política do seu mandato. Os grandes perdedores da refrega foram o PP e PR, que ficaram sem mel e nem cabaça. Justamente dois partidos de oposição ao PT. Foi uma eleição com uma reviravolta atrás da outra. Aliás, não conheço município onde se goste de tanta confusão política como em Plácido de Castro. Acompanho desde o tempo que o prefeito era o Luiz Pereira.
Vitória compartilhada
O deputado federal Major Rocha (PSDB) só saiu de Plácido de Castro após ser cantado o último voto para eleger o novo presidente da Câmara Municipal. Foi também uma vitória pessoal.
Protesto rococó
O vereador Rodrigo Forneck (PP) mostrou um “Fora, Temer!” no seu celular, durante a sua posse. Um ato tão rococó como gritar: “Abaixo, a ditadura!” e “Abaixo, o Muro de Berlim!”.
Não é o papel
Não é o papel da coluna, avaliar se o vereador Juruna (PSL) é inocente. Cabe aos seus advogados provarem no recurso que os desembargadores do TJAC erraram em manter a sua condenação em primeira instância. A coluna não registrou a sua versão porque não quer falar.
Mas é papel
Mas é papel da coluna registrar um fato político importante que estava de quarentena e dá o furo jornalístico que deu da condenação do vereador Juruna (PSL) pelo Tribunal de Justiça.
É com os vereadores da FPA
Se mesmo com a condenação do vereador Juruna (PSL) os vereadores da FPA vão blindar o seu mandato na Câmara Municipal de Rio Branco é problema deles e também da opinião pública.
De um Cabide, até vá lá!
O senador Jorge Viana (PT) teria comentado ao falar na entrega pelo governo de novo lote de casas na “Cidade do Povo” que, a crise econômica é fabricada pela imprensa. Viesse a brincadeira do ex-vereador Cabide se aceitava; mas do Jorge, político lúcido e focado, jamais!
Núcleo duro se mordeu
Não contra a qualidade dos nomes, mas sim pela falta de vida orgânica no PT da maioria dos novos secretários do prefeito Marcus Alexandre, o chamado “núcleo duro do PT” não se pronunciou, mas internamente reclamou muito do perfil do novo secretariado, soube ontem.
Divisão mais solidária
O prefeito Marcus Alexandre foi mais solidário com os aliados na distribuição do segundo secretariado. A máquina municipal não está tão aparelhada como na sua primeira gestão.
Visão reforçada
Quando se assiste a briga sem freios entre o segundo escalão do PMDB e PSDB mais se fica com a visão reforçada dos motivos que vêm levando a oposição sofrer derrotas sucessivas.
Uma equação muito difícil
Continuo descrente de que, os partidos de oposição chegarão a um consenso para o lançamento de só dois nomes para disputar as duas vagas do Senado, no próximo ano.
Velha questão
É a velha questão que falta à oposição uma liderança central que aglutine as discussões. As suas lideranças são limitadas aos muros dos seus partidos, todo mundo é líder dele mesmo.
Hipocrisia sem tamanho
O fato de terem prefeitos abrindo mão de receber salários por uma temporada não os fará melhor e nem pior administrador. Uma hipocrisia, para aparecer na opinião pública como anjos de candura. O que vai medir o valor de cada um deles será a qualidade das gestões.
Impressiona no primeiro momento
Este tipo de ação de abdicar dos salários impressiona nos primeiros dias da administração, depois o eleitor vai querer ver as ruas sem buracos, o lixo retirado, remédios e médicos nas unidades de saúde, que é o que os atinge diretamente. Aí é que começa cada mandato.
Mérito que não se tira
O deputado federal Major Rocha (PSDB) tem adotada posições políticas contestáveis, como na eleição municipal na capital, mas ninguém pode lhe tirar o perfil de exercer na plenitude o papel de oposição é ser um nome forte na disputa do Senado, na eleição do próximo ano.
Se alguém me convencer
Se algum dirigente me convencer que este tipo de briga favorecerá a oposição na disputa do Senado e do Governo na eleição do próximo ano, retiro as críticas a este tosco debate político.
Vivia o esporte
A coluna leva aos familiares do José Ribamar os pêsames pela sua passagem. Perdeu o esporte.
Não comprou passagem
O deputado Raimundinho da Saúde (PTN) se deu mal ao querer pegar uma carona na tentativa de se implantar no Acre uma unidade do Hospital de Barretos, especializado em oncologia. Não tem nem como rebater o desmentido do envolvido na ação, o MPT: nunca esteve à frente de nada. É o que dá querer entrar num ônibus para o qual ele não pagou a passagem.
Uma vantagem
O prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, tem um trunfo que é uma vantagem imensa: a deputada federal Jéssica Sales (PMDB) destina o grosso das suas emendas parlamentares para a prefeitura do município. O que não é condenável, o seu reduto eleitoral é o Juruá.
Aliado mais ativo
O PHS tem sido um dos aliados mais ativos quando se trata de defender a gestão Marcus Alexandre. Na política, quem é dirigente partidário, como o Manoel Roque, tem de ter lado.
Não esperem nada folclórico
Há sempre um preconceito idiota quando se fala de um índio para ocupar cargo público. Não esperem do prefeito de Marechal Taumaturgo, Pianko, que é indígena, uma gestão estabanada. Da atual safra de prefeitos que assumiu, Pianko é um dos mais preparados.
Bateu muita caçarola
Queira-se ou não os olhos da opinião pública estarão muito voltados para o mandato do vereador Emerson Jarude (PSL), pois, como se diz no popular, elegeu-se “batendo muita caçarola”, ou seja, criou muito expectativa para uma nova forma de fazer política.
Iniciativa interessante
Caso o prefeito de Senador Guiomard, André Maia, consiga implantar com sucesso um controle eletrônico para nortear as ações da pasta da Saúde dará um bom passo para melhorar o atendimento. É uma iniciativa que tem de ser muito testada antes de começar para valer.
Sempre positivo
A entrega de casas para famílias carentes é sempre um fato positivo. Neste campo o governo estadual está com um bom saldo ao seu favor. A “Cidade do Povo” é sim uma obra essencial.
Movimento salutar
Nota-se entre os prefeitos das principais capitais uma maior preocupação com a gestão do que com atitudes politiqueiras e populistas. Porque o bom gestor é reconhecido pelo povo. Que responde votando. Notei a preocupação também por parte de alguns prefeitos do Acre.
Uma operação didática
A Lava Jato, a ação do Juiz Federal Sérgio Moro, em que pese escorregões jurídicos pontuais, tem servido como uma operação didática a mostrar que os políticos, os gestores, não estão mais livres para fazer o que bem entenderem. Serve como um fator inibidor às ilegalidades.
Não comporta meio termo
Quando leio ou ouço uma declaração do tipo “vou fazer uma oposição responsável”, já fico com um pé atrás, porque é um passo para subir no muro. Não que eu defenda a irresponsabilidade parlamentar, mas: ou se é oposição ou um armazém de secos e molhados.
Ano de definições
O ano em curso será de definições políticas. Dentro do PT, para saber quem será o seu candidato a governador em 2018. Na oposição, nem tanto, o senador Gladson Cameli (PP) só não será candidato ao governo se não quiser. A Lava Jato poderá dar o tom final. Ninguém sabe o que virá da delação da Odebrecht e que políticos do Acre, atingirá com as suas garras.
Obrigado de coração
Agradeço a enxurrada de amigos que mandaram os parabéns pelo meu aniversário. De coração.
Não confundir alho com bugalho
Continua a discussão sem sentido sobre as composições das mesas diretoras da Assembléia Legislativa e Câmara Municipal de Rio Branco. Os deputados Luiz Gonzaga (PSDB), Gehlen Diniz (PP), Eliane Sinhasique (PMDB), Chagas Romão (PMDB) e Jairo Carvalho (PSD) votaram no deputado Ney Amorim (PT) para a presidente da Aleac. Mas fizeram oposição dura ao governo estadual no período legislativo que se encerrou e, eu tenho a certeza que bisarão no novo período. Uma coisa não tem a ver com a outra. Não têm que provar nada. É bem diferente dos casos dos vereadores Clésio Moreira (PSDB) e Célio Gadelha (PSDB), com suposta simpatia pelo prefeito Marcus Alexandre. Eles é que terão de provar o contrário . Os deputados da oposição citados justificaram sim até aqui terem sido eleitos pela oposição. Não confundir alho com bugalho.