Cerca de 500 pessoas acompanharam a posse do novo prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro (PMDB), e do seu vice, Zequinha Lima (PP). O ato se deu no Mirante do Cais, na zona central da cidade, na noite deste domingo, 1º de janeiro. Além de Ilderlei, foram empossados também os 14 vereadores eleitos em outubro.
Em rápida votação antes da posse de Ilderlei e Zequinha, o vereador Romário Tavares (PMDB) foi escolhido como o novo presidente da Câmara Municipal, com oito votos.
Marcado para as 19h30, o evento começou com aproximadamente duas horas de atraso, tendo terminado por volta das 23 horas.
O ex-prefeito Vagner Sales, acompanhado da esposa, Antônia Sales, e da filha, a deputada federal Jéssica Sales, foi o grande homenageado da noite. Mesmo tendo deixado o cargo, Sales mostrou com quem está a força política no Juruá: durante os discursos, foi citado pelos parlamentares aliados mais do que o próprio Ilderlei Cordeiro.
Pelo menos três dos novos vereadores defenderam uma virtual candidatura de Vagner para o Senado da República.
Delongas
Os 14 vereadores eleitos e reeleitos puderam fazer um pronunciamento de três minutos cada um. Em sua maioria, os parlamentares declararam apoio ao novo prefeito do PMDB. No geral, todos reafirmaram o compromisso em fiscalizar o executivo municipal.
Reconhecimento
Ao se pronunciar, o ex-prefeito Vagner Sales disse que o reconhecimento do trabalho que ele fez ao longo de oito anos podia ser constatado na eleição de Ilderlei Cordeiro e Zequinha Lima para a prefeitura de Cruzeiro do Sul.
“Estou saindo da prefeitura feliz. Porque tenho certeza que minhas de prefeito obrigações eu cumpri. Sou um homem hoje preparado. As dificuldades, os problemas que enfrentei na prefeitura nesses oito anos me fizeram amadurecer”, assegurou Sales.
Lágrimas
Último a discursar, Ilderlei Cordeiro não conteve as lágrimas por pelo menos três ocasiões do seu pronunciamento. Em uma delas, lembrou que havia decidido abandonar a política para se dedicar à religião. E ao ser convidado para suceder Vagner Sales, se disse “polido pela mão de Deus”.
Ao falar do pai – o ex-deputado federal Idelfonso Cordeiro, morto em um acidente aéreo, em 2002 –, Ilderlei também não conseguiu segurar o choro. “Foi assim que meu pai me ensinou: cuidar e amar esse povo. Assim eu creio que ele queria fazer se ele fosse prefeito dessa cidade. E hoje estou realizando um sonho que meu pai não pôde realizar”, disse.