O Acre teve saldo negativo no número de empregos formais em novembro, apontam dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) anunciados nesta quinta-feira (29). No mês, as empresas do estado contrataram 1.386 trabalhadores e dispensaram 2.393, com um saldo negativo de 1.007 vagas (redução de 1,22% em relação a outubro).
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse acreditar na retomada do crescimento do Acre. “No ano que vem, temos certeza de que os números serão melhores, para que os trabalhadores possam ter ocupação e renda e garantir o sustento de suas famílias e o crescimento do país”, disse o ministro. “Só o trabalho vai assegurar um Brasil forte, com crescimento sustentável e oportunidades a todos”, declarou.
O comércio foi o único setor da economia do estado em que houve crescimento no número de empregos formais em novembro: 0,04%, o que representou saldo positivo de nove postos de trabalho. Em termos relativos, a indústria de transformação teve o pior desempenho, com queda de 2,19% no número de empregos formais (-143 vagas). A construção civil teve o pior resultado em números absolutos: -165 vagas, redução de 2,16% na comparação com outubro.
O levantamento mostra que houve redução no número de vagas em novembro em todos os cinco municípios do estado com mais de 30 mil habitantes. A capital, Rio Branco, foi a cidade com maior redução de empregos formais: o saldo ficou negativo em 655 postos de trabalho frente a outubro.
Dados nacionais – O mercado de trabalho perdeu 116.747 vagas com carteira assinada em novembro. O desempenho é resultado de 1.103.767 admissões contra 1.220.514 demissões ocorridas durante o mês. Este saldo negativo em novembro provocou uma queda de 0,3% no estoque de empregos em comparação ao mês anterior. No mesmo mês do ano passado, a queda havia sido ainda maior, com 130.629 vagas formais a menos. No período dos últimos 12 meses, o estoque de empregos formais passou de 40,3 milhões para 38,8 milhões, uma queda de 3,65%.
Desempenho setorial – De todos os setores de atividade econômica, apenas o comércio teve desempenho positivo em novembro, seguindo a tendência já registrada em outubro. Houve um acréscimo de 58.961 vagas, o que representa um aumento de 0,66%. A alta foi puxada principalmente pelo ramo varejista, que abriu 57.528 postos. A maioria dos empregos foi criada nos ramos de vestuário e acessórios, seguidos pelos de supermercados, comércio de calçados e artigos para viagens.
Entre os setores com resultado negativo, destacaram-se a indústria de transformação (-51.859 postos), construção civil (-50.891), serviços (-37.959) e agricultura (-26.097). Na indústria, a queda ocorreu principalmente nos ramos de produtos farmacêuticos (-12.211), alimentícios (-8.442), têxteis (-6.472) e de calçados (-4.033). Já a agricultura foi influenciada por fatores sazonais, com destaque para o setor de cultivo de cana-de-açúcar em São Paulo, que, sozinho, fechou 4.478 postos.
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