As empresas Red Pontes e Pit Stop, contratadas da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), justificaram os atrasos salariais de funcionários terceirizados que atuam na pasta. O fato, relatado nesta quinta-feira, dia 29, pelo ac24horas, repercutiu fortemente nos corredores das unidades de saúde do Acre, onde as empresas prestam serviço.
Segundo o diretor Administrativo e de Compras da Sesacre, Herbson Sousa, houve de fato um atraso nos pagamentos das empresas, mas isso teria ocorrido por conta de um outro atraso, desta vez nos repasses de recursos do Fundo Nacional de Saúde, dinheiro que seria utilizado para quitar as dívidas com as empresas.
“A gente acredita que até a sexta-feira todos os débitos deverão quitados. Esses recursos geralmente entram na primeira quinzena, mas esse mês, infelizmente, só chegaram na segunda. Mas não temos conhecimento de atrasos salariais, até porque no setor público, pagamentos só ocorrem após realizados os serviços: faz-se num mês, recebe-se no outro”, explica.
A situação, segundo o administrador das prestadoras de serviço, vai além. Emerson Feitosa explica que os pagamentos só haviam sido feitos até o mês de outubro, desde quando um novo contrato estava em fase de assinatura. “Nós estávamos atuando por força de um contrato emergencial que foi feito no ano passado. Foi feita, agora, uma nova licitação. Nós vencemos alguns lotes, e permanecemos nas unidades”, conta.
Segundo Emerson Feitosa, com a mudança de contrato [do antigo para o novo], há um prazo burocrático para que os serviços prestados após a licitação sejam pagos. “A gente sempre paga todo mundo até o dia 28 de cada mês, em média. Nesse caso específico, nos realmente atrasamos, mas isso já foi resolvido de ontem pra hoje, e até o fim do dia deve estar solucionado. Foi um caso isolado que só atingiu um sexto dos trabalhadores que temos”, contesta as denúncias.
Ele diz isso porque um funcionário da empresa, cujo nome foi mantido em sigilo, procurou o portal para relatar que desde novembro não estava com os salários em dia e que temia entrar 2017 sem os devidos salários. “A gente passou o natal sem dinheiro e o que eles me dizem lá na empresa é que não pagaram porque a secretaria ainda não repassou o dinheiro que precisam pagar”, reclamou o trabalhador.
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